Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Madeira, Juliana Campodônico
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Orientador(a): |
Silva, Morgana Duarte da
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Bioquímica
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5474
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Resumo: |
As lesões musculares são comuns em atividades cotidianas e esportivas. Na fisioterapia, utiliza-se o ultrassom terapêutico (US) associado a drogas tópicas ou substâncias derivadas de plantas (fonoforese) que podem atuar em condições inflamatórias. A Ilex paraguariensis (Ilex) é uma planta usada em uma bebida popular no sul da América, conhecida como "chimarrão". Ela possui atividades antioxidantes, antiinflamatórias e antimutagênicas que poderiam ser associadas aos efeitos do US. Neste trabalho procurou- se verificar o efeito da fonoforese com gel enriquecido com extrato de Ilex paraguariensis na inflamação muscular em ratos. Para isso, a inflamação muscular foi induzida por injeção de carragenina no músculo gastrocnêmio da pata direita de ratos Wistar. Grupos de ratos foram divididos em: salina intramuscular (i.m.); carragenina i.m.; carragenina i.m. + US; carragenina i.m. + fonoforese - três grupos com três doses diferentes do extrato; carragenina + Ilex tópica. Os animais foram tratados por 10 dias consecutivos, iniciando o primeiro tratamento 24 hrs após a injeção de carragenina. Nesse período foram realizados testes comportamentais (hiperalgesia mecânica e térmica) e avaliação do edema muscular. A dose de Ilex com melhores resultados nesta etapa foi utilizada posteriormente para análise de substâncias oxidativas musculares (substância reativa do ácido tiobarbitúrico – TBARS) e parâmetros antioxidantes (potencial antioxidante de redução férrica - FRAP); citocinas pró-inflamatórias (fator de necrose tumoral alfa-TNF- α e interleucina-6-IL-6) e citocinas anti-inflamatórias (IL-4 e IL-10) no músculo e na medula espinhal; bem como a histologia muscular. Nesta etapa, observou-se a resposta comportamental dos ratos 24 horas após a carragenina e duas horas após o tratamento de US ou fonoforese. Obteve-se como resultado que o US reduziu a hiperalgesia mecânica a partir do terceiro dia de tratamento. Também verificou-se uma diminuição da hiperalgesia mecânica dos ratos no grupo fonoforese com Ilex, durante os 10 dias de tratamento. Ambos os tratamentos, reduziram significativamente o edema muscular. Na segunda etapa, verificou-se que as citocinas pró-inflamatórias (TNF-α e IL-6) foram reduzidas tanto na fonoforese quanto no grupo com US em comparação com o grupo carragenina. Houve uma redução da peroxidação lipídica em ambos os grupos tratados, mas o grupo de fonoforese apresentou aumento da capacidade antioxidante. Os efeitos antiinflamatórios do US e da fonoforese foram confirmados por análise histológica. Os resultados demonstraram que o US reduziu a hiperalgesia mecânica e diminuiu o edema. No entanto, a fonoforese com Ilex mostrou maior efeito anti-hiperalgésico e antidematogênico, melhor do que apenas o tratamento com US. Além disso, os dados demonstraram que os efeitos do US e o US associado a Ilex paraguariensis podem ser, pelo menos em parte, devido ao fato de que ambos os tratamentos diminuem as citocinas inflamatórias, além de reduzir a peroxidação lipídica. Além disso, a fonoforese apresentou um efeito antioxidante que também pode ser responsável pela resposta de redução inflamatória. |