Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Escobar, Alyne Goulart
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Orientador(a): |
Wiggers, Giulia Alessandra
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Bioquímica
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5550
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Resumo: |
O hidrolisado de clara de ovo (HCO) possui propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e vasodilatadoras e pode ser uma alternativa eficiente para a prevenção ou tratamento de intoxicações por metais pesados. O objetivo foi investigar os potenciais efeitos benéficos da ingestão de HCO em distúrbios de reatividade vascular induzida por exposição crônica a baixas concentrações de Hg em artérias mesentérica de resistência (MRA), bem como esclarecer as possíveis vias envolvidas em seus efeitos. Ratos Wistar machos foram divididos em quatro grupos, tratados por 60 dias com: a) injeções intramusculares (i.m.) de solução salina a 0,9% e água por gavagem (Grupo Untreated); b) i.m. injecções de cloreto de mercúrio - HgCl2, a primeira dose 4,6 μg / kg e doses subsequentes de 0,07 μg / kg / dia, para cobrir a perda diária, utilizando o modelo anteriormente descrito (Rizzetti et al., 2017a) e água por gavagem (Grupo HgCl2); c) i.m. injeções de solução salina 0,9% e HCO (obtido por hidrólise por pepsina por 8 horas) diluído em água (1 g / kg / dia), por gavagem, segundo modelo previamente relatado (Rizzetti et al., 2016a) (Grupo HCO); d) ambos os tratamentos (HCO + HgCl2). A pressão arterial sistólica (PAS) foi avaliada, a função vascular foi estudada na MRA em banho de órgãos isolado. Curvas concentração-resposta para acetilcolina (ACh) e nitroprussiato de sódio (NPS) foram realizadas. Resposta vasoconstritora à noradrenalina (NE) na presença e ausência de endotélio e na presença de um inibidor da enzima óxido nítrico sintase (NOS) (L-NAME), um inibidor não seletivo da ciclooxigenase (COX) (INDO), um co-fator essencial para síntese de NO (BH4), um inibidor da NADPH oxidase (VAS2870) e um mimético da superóxido dismutase (TEMPOL) foram analisados. Medimos a produção in situ de ânion superóxido, liberação de NO, espécies reativas de oxigênio vascular (ROS), peroxidação lipídica, capacidade antioxidante e níveis de NPSH na MRA. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Uso Animal (052014 - Unipampa). Os resultados foram expressos como média ± SEM, comparados por análise one-way ou two-way ANOVA seguida pelo teste post hoc de Fisher. (P <0,05). O co-tratamento com HCO: a) preveniu o aumento da PAS, a disfunção endotelial e o aumento da resposta vasoconstritora ao NE promovidas pela exposição prolongada a HgCl2 em MRA; b) restaurou a modulação endotelial mediada por NO; c) inibiu o estresse oxidativo derivado da NAD(P)H oxidase e as vias inflamatórias induzidas pelo metal nesses vasos, normalizando o estado antioxidante. Concluimos que o HCO parece ser capaz de neutralizar os efeitos tóxicos vasculares da exposição a longo prazo ao HgCl2, o que aponta para possíveis efeitos terapêuticos baseados em alimento funcional contra um contaminante ambiental altamente difundido. |