Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Zuravski, Luísa
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Orientador(a): |
Manfredini, Vanusa
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Doutorado em Bioquímica
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Departamento: |
Campus Uruguaiana
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/5653
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Resumo: |
O aumento da produção de alimentos processados e de conveniência tornou o emprego de Aditivos alimentares essencial na tecnologia de alimentos. Entre os aditivos, os aromatizantes conferem aroma e sabor, e estão diretamente associados ao prazer de comer e beber. No entanto, existe uma carência de estudos que mensurem os efeitos relacionados ao emprego desses aditivos na indústria alimentícia. Neste contexto, o objetivo principal deste trabalho foi avaliar os efeitos dos aromatizantes sintéticos γ-hexalactona e álcool furfuril, e aroma natural de alecrim, através de abordagens in silico e in vitro. A análise in silico foi realizada através de plataformas online e consistiu na análise estrutural comparativa com moléculas ou fragmentos estruturalmente relacionados presentes em bancos de dados. Para a avaliação in vitro, inicialmente foram selecionadas as concentrações testes através de triagem de citotoxicidade em cultura de linfócitos ou a partir de estudos prévios. Os resultados da análise computacional apontaram potencial mutagênico para o γ-hexalactona e carcinogênico para ambos os aromatizantes sintéticos. Entretanto, o primeiro não foi confirmado através do teste de frequência de micronúcleos, provavelmente devido à análise preditiva ser baseada em resultados de teste Ames. Por outro lado, o potencial carcinogênico do γ-hexalactona e do álcool furfuril, apontado pelas plataformas PreADMET e ProTox, respectivamente, pode estar relacionado ao dano de DNA observado na maior concentração não citotóxica de γ-hexalactona avaliada (5,15 μM) e a partir de 25 μg/mL de álcool furfuril. Esse dano pode ser devido ao status pró-oxidante do γ-hexalactona, que pode contribuir para o início e propagação de reações com biomoléculas. Em relação ao mecanismo envolvido no dano ao DNA de linfócitos expostos ao álcool furfuril provavelmente esteja associado à ação de sulfotransferases e formação de 2- sulfoximetilfurano que ao reagir com a molécula de DNA forma aductos. O γ-hexalactona também demonstrou potencial imunomodulatório in vitro, ao interferir na secreção/liberação de citocinas, promovido pela ativação das células NK conforme estudo prévio com γ dodecalactona. Adicionalmente, o álcool furfuril induziu cariopicnose que, provavelmente e de acordo com as plataformas computacionais empregadas, seja devido à regulação negativa de genes que atuam na arquitetura cromossômica. O aroma natural de alecrim demonstro potencial citotóxico concentração-dependente com redução das subpopulações linfocitárias e todas as concentrações analisadas. Ainda, em 24 h de intervenção experimental, 25 μg/mL de alecrim causaram dano ao DNA 35 vezes superior ao controle negativo. Além disso, concentrações variando de 1 a 50 μg/mL causaram instabilidade cromossomal e interferiram na velocidade de divisão celular. Em contrapartida, o extrato de alecrim foi efetivo na manutenção das espécies reativas aos níveis do controle e inibição da peroxidação lipídica, devido ao seu poder antioxidante. Assim, o conjunto de resultados sugere que o alecrim pode atuar como agente citotóxico e/ou antiproliferativo, corroborado pela indução de instabilidade genômica e interferência no processo regular de divisão celular, respectivamente. Diante do exposto, percebe-se que os aromatizantes sintéticos γ-hexalactona e álcool furfuril, assim como o aroma natural de alecrim podem ser potencialmente imunotóxicos e ou imunomoduladores. |