Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Barcellos, Suziane Alves |
Orientador(a): |
Garnero, Analía del Valle
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Banca de defesa: |
Kretschmer, Rafael
,
Gunski, Ricardo José
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Acadêmico em Ciências Biológicas
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Departamento: |
Campus São Gabriel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4568
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Resumo: |
Passeriformes é a maior ordem da classe Aves, possuindo uma enorme diversidade com mais de 5000 espécies. Dentro desta ordem está presente a família Hirundinidae, da qual as andorinhas pertencem, aves cosmopolitas que possuem características morfológicas substancialmente homogêneas. Apesar da riqueza de espécies da família Hirudinidae, pouco se sabe sobre a organização genômica de seus membros. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar o complemento cromossômico das espécies - Progne tapera, Progne chalybea e Pygochelidon cyanoleuca. As análises foram realizadas através de coloração com Giemsa, bandeamento C, Ag-NOR, Hibridização in situ fluorescente (FISH) com onze sequências de microssatélites e dois conjuntos de sondas de cromossomos inteiros (Gallus gallus e Zenaida auriculata). As três espécies analisadas apresentaram 76 cromossomos com morfologias muito semelhantes, apresentando diferenças apenas entre 5º, 6º e 7º pares de cromossomos da espécie P. cyanoleuca. Foram identificados dois pares cromossômicos portadores de regiões organizadoras de nucléolo (NORs), o que caracteriza uma condição apomórfica para essas espécies. O padrão de bandeamento C foi o mesmo encontrado na maioria das aves, áreas de heterocromatina distribuídas principalmente nas regiões centroméricas e no cromossomo W. A organização dos microssatélites foi semelhante nas duas espécies de Progne, no entanto P. cyanoleuca apresentou um padrão distinto. Com exceção de (CG)15, todos os outros 10 microssatélites produziram sinais de hibridização. As sequências de DNA repetitivo foram encontradas nas regiões centroméricas, pericentroméricas e teloméricas dos macrocromossomos, contendo e dois blocos intersticiais no cromossomo W. A maioria dos microcromossomos apresentaram sinais teloméricos. O cromossomo Z apresentou um sinal de hibridização em P. tapera e nenhum nas demais espécies. Em contraste, o cromossomo W exibiu acumulações de distintas sequências de microssatélites. O cromossomo W das andorinhas possui um tamanho elevado quando comparado à maioria dos Passeriformes. Quantidades tão significativas de sequências repetitivas podem explicar o aumento do tamanho dos cromossomos observados. Em suma, esses dados indicam o importante papel que sequências de microssatélites podem desempenhar na diferenciação de cromossomos sexuais. Em relação à pintura cromossômica comparativa, observou-se um mesmo padrão de hibridização para as duas espécies de Progne, das quais demonstraram-se muito semelhantes ao cariótipo de G. gallus, exceto pela fissão cêntrica no primeiro par, como observada em outros Passeriformes. Embora P. cyanoleuca tenha demonstrado a mesma fissão no primeiro par do ancestral (GGA1), a mesma também apresenta uma fusão de um microcromossomo no sétimo par, evidenciando um rearranjo cromossômico extra para esta espécie. A partir das análises sobre a organização cromossômica de P. tapera, P. chalybea e P. cyanoleuca foi possível observar algumas das mudanças cromossômicas que ocorreram durante a evolução cariotípica dessas espécies, das quais evidenciaram a proximidade entre as espécies P. tapera e P. chalybea. |