Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Susane Andradde |
Orientador(a): |
Fernandes, Carolina |
Banca de defesa: |
Fernandes, Carolina,
Vinhas , Luciana Iost,
Zapelini, Clésia da Silva Mendes |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Pampa
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Ensino de Linguas
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Departamento: |
Campus Bagé
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://dspace.unipampa.edu.br:8080/jspui/handle/riu/4900
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Resumo: |
Esta dissertação tem por objetivo analisar se os sujeitos-alunos em etapa de alfabetização, no 1º ano do ensino fundamental, produzem gestos de interpretação singulares, dentro de suas próprias formulações de sentido por meio de uma intervenção ocorrida em sala de aula, com material didático produzido sob o viés discursivo. A perspectiva teórica a qual este trabalho se embasa é a da Análise do Discurso de perspectiva pecheutiana. A escolha por este caminho teórico se deve ao fato de percebermos a língua não em sua homogeneidade e transparência, mas em seus efeitos de sentido e opacidade. Ao proporcionar ao aluno a possibilidade de gestos de interpretação através da polissemia, do discurso pedagógico lúdico e do discurso pedagógico polêmico, almeja-se que o aluno possa assumir a função-autor ao falar sobre si, produzindo sentidos próprios e possíveis. A escola pública estadual em que a pesquisa foi realizada localiza-se no município de Sant’Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, em uma região de fronteira com o Uruguai. A turma continha vinte alunos, sendo onze meninas e nove meninos. A proposição de aplicação de um material didático com viés discursivo e também sistêmico surgiu a partir de uma intervenção ocorrida nesta mesma turma no início do ano letivo. Nesta intervenção anterior, os alunos mostravam filiar-se a formações discursivas hegemônicas, alunos negros representaram a si e a seus familiares com pele clara e cabelos loiros, e as mulheres estavam sempre em atividades domésticas. Através do trabalho ao longo do ano e aplicação de uma nova intervenção didática, percebeu-se que os alunos podem apresentar melhorias nos aspectos relativos às habilidades com a linguagem, em processo de alfabetização, ao ter contato com a língua e seu código e também ao considerar a língua em sua opacidade. Ao se propor um trabalho que permita a filiação em outras formações discursivas, observou-se que gestos de interpretação singulares são possíveis de serem produzidos e ao mesmo tempo há a ruptura com o estabilizado e, assim, o favorecimento ao aluno para que desenvolva a autoria. |