O espaço da palavra: o trabalho ressignificado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Muller, Marilis de Castro
Orientador(a): Coelho, Luiz Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://repositorio.uninter.com/handle/1/556
Resumo: Esta pesquisa se volta à análise dos processos de dominação na sociedade capitalista, e investiga se há ou não, possibilidade de emancipação social e laboral, dentro de organizações privadas. Parte de categorias marxianas, imutáveis enquanto conceitos, mas que precisam ser contextualizadas a cada novo momento econômico-social. O pensamento de Marx se desenvolveu sob a égide da racionalidade instrumental, racional, econômica. Razão que estabeleceu métodos matemáticos para analisar o desenvolvimento das relações de produção e consequentemente, o social e o histórico. Razão da sociedade burguesa, assentada na dominação da natureza e do homem, por critérios de calculabilidade, que substituíram a subjetividade humana. Assentada na razão única do capitalismo, essa sociedade criou um tipo humano dominante e um pensamento homogeneizante, unidimensionalizado, impedindo a emancipação segundo Adorno, Horkheimer e Marcuse, membros da Escola de Frankfurt. Habermas, da mesma Escola, discordando do fato de a técnica impedir a emancipação, não afastou a razão instrumental, mas a dividiu em duas, nela propriamente dita, relativa ao trabalho e na comunicativa, voltada à interação. Afastando-se dos parâmetros marxistas, Habermas sustenta que a evolução histórica não pode ficar subjugada ao determinismo econômico, devendo se assentar no crescimento do saber. No conhecimento técnico, determinante dos processos de produção, mas também na consciência prático moral, adquirida na interação, na intersubjetividade, observando pressupostos éticos de validade. Habermas adentrou o paradigma linguístico, sobre o qual se assenta a hipótese emancipatória do assujeitamento humano, esboçada na pesquisa. Diante do que, se considerou oportuno demonstrar como ocorrem os processos de subjetivação e assujeitamento do indivíduo na perspectiva psicanalítica, para então analisar a possibilidade de emancipação, social e laboral. Os processos subjetivantes são diferenciados no capitalismo inicial e no contemporâneo; no entanto, a tarefa é a mesma, deles se libertar e constituir novas subjetividades, individuais e coletivas. Um caminho em comum para a emancipação social e laboral é o da práxis político-comunicacional, realizada num espaço público de deliberação, para validação consensual normativa, orientada por princípios éticos universais. Outro é o das lutas por reconhecimento, usuais e necessárias no contexto latino-americano e na atual cena brasileira.