Coisas de menino ou de menina? Pedagogias de gênero nas escolas de educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bertuol, Bruna
Orientador(a): Silva, Denise Quaresma da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário La Salle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/604
Resumo: O presente estudo qualitativo, de cunho etnográfico, está inserido na linha de pesquisa Formação de Professores, Teorias e Práticas Educativas do Mestrado em Educação do Unilasalle e problematizou as pedagogias de gênero presentes nas brincadeiras infantis e no cotidiano escolar de crianças de três a cinco anos que frequentam Escolas Municipais de Educação Infantil de um município da Serra Gaúcha/RS. Foram realizadas observações em seis escolas investigadas com apontamentos no Diário de Campo e aplicou-se a técnica do Grupo Focal com 12 (doze) professoras destas escolas. Como bases teóricas, foram eleitos/as autores/as dos Estudos Culturais e de Gênero como Foucault (2009), Louro (2010), Bujes (2002), Felipe (2008), Hall (2003) e Butler (2010). Esses aportes teóricos auxiliam nas compreensões das análises das pedagogias de gêneros e dos temas correlatos. Os resultados apontaram que as professoras, a partir de suas intervenções nas brincadeiras das crianças, visam à construção de identidades de gênero hegemônicas. As atitudes das docentes em relação às crianças estão impregnadas pelas pedagogias de gênero que buscam o desenvolvimento de certas características, habilidades, brincadeiras, brinquedos para meninos e meninas de formas marcadamente diferenciadas. Apesar da procura pela normalização dos corpos, algumas crianças resistem às intervenções das professoras. Nas mediações observadas em sala de aula e nos relatos do Grupo Focal, prevaleceu a busca por comportamentos regidos pela ótica da heteronormatividade e poucas participantes mostraram-se abertas aos diálogos que possam permitir uma discussão crítica das identidades hegemônicas de gênero. Verificou-se a necessidade de discussão desses temas entre docentes e a sua inclusão na formação de professores/as.