Autogestão e níveis de consciência: uma intervenção em uma cooperativa de resíduos pós-consumo

• Ano de defesa: 2015
• Autor(a) principal: Brochier, Rita de Cássia da Rosa Sampaio
• Orientador(a): Borges, Maria de Lourdes
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Centro Universitário La Salle
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu)
• País: BR
• Palavras-chave em Português: Economia solidária; Autogestão; Pesquisa Participante
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/623

Esta dissertação objetivou estimular o desenvolvimento da autogestão, por meio de uma intervenção, em uma Cooperativa de Resíduos Pós-consumo de Canoas, com base em Paulo Freire. Como revisão de literatura, foi realizado um estudo sobre economia solidária, autogestão, níveis de consciência, diálogo e práxis. Esta pesquisa está inserida na linha de pesquisa Gestão, Educação e Políticas Públicas do Programa de Pós-Graduação do Mestrado em Educação do Centro Universitário La Salle (UNILASALLE). A metodologia utilizada foi a pesquisa participante. Como técnica de coleta de dados, foram utilizadas a observação participante (28 encontros registrados em diários de campo), a pesquisa documental e nove entrevistas semiestruturadas. Para a análise dos dados, utilizou-se a análise de conteúdo proposta por Bardin (2010). Os resultados indicam, no que se refere à constituição de um processo autogestionário na COOPCAMATE, que há um distanciamento no desenvolvimento da consciência crítica que leva à práxis, o que acaba não efetivando a autogestão. Tal resultado pode ser explicado pelo não empoderamento dos cooperados na gestão de seu próprio trabalho, pois não se evidencia no grupo, na maior parte do tempo, práticas que diferenciem o trabalho dentro dos princípios Capitalistas e o trabalho cooperativo. Portanto, compreende-se que os cooperados da COOPCAMATE, de maneira geral, transitaram, na maior parte do tempo da intervenção, entre os níveis de consciência semi-intransitivo e transitivo ingênuo, já que a consciência crítica só é formada em momentos específicos de efetivação da práxis.