Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Bertoja, Maria Beatriz Cunha |
Orientador(a): |
Ratto, Cleber Gibbon |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro Universitário La Salle
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEdu)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
BR
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11690/600
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Resumo: |
A presente Dissertação de Mestrado em Educação propõe-se a explorar e compreender mais detidamente o fenômeno do sofrimento e da hostilidade por parte de jovens de Ensino Médio em relação aos seus professores. A visão desse trabalho é direcionada para os processos sociais que constroem as juventudes, com o propósito de compreender as influências dos modos de se fazer jovem sobre os modos de ser aluno e, como os alunos interagem na escola com os professores na condição de jovens que são. Assim, procurei investigar conflitos dos jovens do Ensino Médio de escolas públicas e privadas, a partir do endereçamento de cartas desses jovens aos seus professores. Ouvir jovens “do lado de lá” dos portões da escola oportunizou a escuta de experiências marcadas pelo ressentimento, modo de denúncia e resistência ao sofrimento causado pelos agravos escolares. Numa perspectiva antropológica, servindo-me de recursos típicos da cartografia e da etnografia urbana, fui ao encontro de jovens em espaços naturais de sociabilidade. O registro em notas de campo dos encontros nas paisagens urbanas e as cartas escritas pelos jovens aos seus professores, enviadas a mim por correio eletrônico, foram os instrumentos de coleta dos dados. A análise se deu numa perspectiva hermenêutica que buscou compreender as manifestações dos jovens a partir de seu contexto, histórica e socialmente ambientado. O estudo aponta a necessidade de ampliar o espectro de compreensão dos sentidos das juventudes contemporâneas por parte dos professores, de modo que o diálogo seja efetivamente a tônica das relações educativas, prevenindo o ressentimento que encontra no sofrimento e na hostilidade suas forças propulsoras. No sentido de uma vingança adiada, fica como resposta à grande pergunta da pesquisa o ressentimento, como o afeto principal que provoca Sofrimento e Hostilidade. |