Entre cartas e conversações: uma experiência literária nos encontros com sujeitos com cegueira
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação - Processos Formativos e Desigualdades Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9893 |
Resumo: | As questões que se contornam neste estudo se movimentam pelo desejo de narrar a experiência entre nós, uma professora em formação e crianças com cegueira, quando nos encontramos para ouvir, contar, sentir e produzir histórias. Trata-se de um exercício cartográfico, em que a escrita da experiência foi ganhando forma ensaística. Nesse movimento pesquisa e escrita não se separam, portanto uma pesquisaescrita. Ao longo do texto algumas pistas se enunciaram possibilitando pensar nos espaços e tempos em que os encontros acontecem, na cegueira, nos efeitos dos encontros, na amizade, no próprio processo do pesquisarescrever, buscando problematizar as formas como as políticas dominantes impõem determinados modos de escrever, de ser e estar no mundo e excluem outros. Assim, a forma do texto é composta em cartas a uma amiga e conversações. As cartas a uma amiga, além de expressar aquilo que se faz no cotidiano, expressam também, o modo ensaístico e artesanal de composição do trabalho, se tratando de um papel produzido pelos restos e sobras do ritual de contar histórias na escola e de escrever na universidade que, ao serem recuperados se transformam em um papel outro, em que são escritas as cartas que compõem o texto. As conversações enunciam o exercício de problematizar as experiências expressadas nas cartas a uma amiga. Este investimento, na forma da composição do trabalho, constitui uma expressão política, ética e estética do que se deseja forjar a partir desta pesquisaescrita: um ensaio que busca potencializar aos saberes não ditos, aqueles que não produzem verdades, talvez, efeitos e que se produzem no encontro entre uma professora em formação e crianças com cegueira. |