Aspectos epidemiológicos da malária no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moreira, Daisson Lacerda
Orientador(a): Falci, Diego Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro Universitário La Salle
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento Humano (PPGSDH)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11690/706
Resumo: A malária é um problema de saúde de grande impacto, devido cerca de 40 % da população mundial residir em áreas endêmicas. Ocorre principalmente na África – onde estão 80 % dos casos de óbito por malária - no Sudeste Asiático e na Região Amazônica da América do Sul. Em 2015, houve 214 milhões de pessoas acometidas com malária no planeta, e 438 mil mortes. Nesse mesmo ano, ocorreram 660 mil casos de malária nas Américas do Sul e Central e houveram 500 óbitos em decorrência da malária. No Brasil, durante o ano de 2013, houveram 178.546 casos confirmados de Malária, 2355 hospitalizações e 41 óbitos em decorrência da doença. O Plasmodium spp., causador da doença é transmitido pela picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles. O quadro clínico é caracterizado por episódios repetidos de febre, calafrios, tremores e cefaleia, caracterizando períodos de latência e recaídas. O Rio Grande do Sul apresentou casos autóctones de malária, até o ano de 1968. Porém, uma parte do seu território está dentro da Mata Atlântica, onde ocorre a presença do mosquito Anopheles cruzii, e assim, compõe um cenário favorável para o ressurgimento dessa doença. O trabalho teve como objetivo principal, descobrir e relatar o perfil dos pacientes notificados com malária no Rio Grande do Sul. Foram pesquisados dados demográficos, sobre as cidades de moradia, sexo, faixa etária, provável local da infecção, ocupação, e dados relativos ao exame parasitológico. Utilizaram-se os dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação – SINAN e o programa Tabwin 32. A incidência de malária no RS permaneceu estável no período de estudo (0,397 por 100.000 hab). Entre os casos notificados (todos importados), observaramse 83 % de homens, 47 % com idade entre 20 e 49 anos, predomínio da raça branca e ocupação mais frequente motorista. O Plasmodium vivax foi a espécie mais frequente encontrada nos exames de gosta espessa. O entendimento da epidemiologia da malária é fundamental para as estratégias de controle. As migrações e ocupações requerendo viagens constantes são fatores que contribuem para a manutenção da ocorrência de casos importados de malária no RS. O conhecimento do perfil do paciente e a adequada suspeição clínica são essenciais para um melhor manejo diagnóstico e terapêutico da doença. Ainda que a incidência de doença seja baixa, uma vigilância atenta é necessária considerando-se a presença do vetor e indivíduos doentes nessa região.