Síndrome da fragilidade como preditora de desfechos adversos em idosos hospitalizados: uma revisão sistemática e metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cunha, Ana Izabel Lopes lattes
Orientador(a): Ricci, Natalia Aquaroni lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/252
Resumo: INTRODUÇÃO: A síndrome da fragilidade é prevalente em idosos hospitalizados, assim como a ocorrência de desfechos adversos. OBJETIVO: Verificar por meio de uma revisão sistemática se a síndrome da fragilidade em idosos hospitalizados prediz desfechos adversos. MÉTODOS: Realizou-se busca manual e eletrônica (PUBMED, EMBASE, Web of Science, Lilacs, CINAHL, PsycINFO e Google Scholar), sem limitação de idioma e com data de publicação a partir de 2001. Foram incluídos estudos observacionais prospectivos com idosos (≥ 60 anos) hospitalizados avaliados quanto à síndrome da fragilidade na admissão hospitalar. Os desfechos primários foram declínio funcional na hospitalização e mortalidade após alta hospitalar. Os demais dados avaliados foram considerados desfechos secundários. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pelo Quality Assessment Tool for Observational Cohort and Cross-Sectional Studies. Foi realizada análise crítica do conteúdo dos estudos e metanálise. RESULTADO: Foram incluídos 23 artigos, correspondentes a 15 estudos. A fragilidade foi avaliada por 11 instrumentos. O declínio funcional foi avaliado por quatro estudos, sendo que ser não-frágil é um fator de proteção para tal desfecho comparado em ser frágil [RR: 0,76 (95% IC: 0,60-0,97)]. A mortalidade após a hospitalização foi avaliada por 13 estudos, sendo menor o risco a médio e longo prazo tanto para idosos não-frágeis [médio-RR: 0,11 (95% IC: 0,02-0,52) e longo- RR: 0.13 (95% IC: 0,08-0,21)] como pré-frágeis [médio-RR: 0,30 (95% IC: 0,09-0,96) e longo-[RR: 0,27 (95% IC: 0,08-0,86)] quando comparado aos idosos frágeis. A fragilidade também é preditora da mortalidade intra-hospitalar e de maior tempo de internação. A qualidade metodológica dos estudos foi considerada de moderada a boa. CONCLUSÃO: A fragilidade em idosos hospitalizados prediz risco para o declínio funcional na hospitalização, maior tempo de internação, e maior mortalidade intra- hospitalar, a médio e a longo prazo.