Efeitos do Treatment-Based Classification em pacientes com dor lombar: uma revisão sistemática com metanálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bastos, Robson Massi lattes
Orientador(a): Costa, Leonardo Oliveira Pena lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4121
Resumo: Contextualização: A dor lombar é um enorme problema de saúde pública em nível mundial. Diversos pesquisadores investigaram sistemas de estratificação para pacientes com dor lombar, com objetivo de aumentar o tamanho do efeito das intervenções. Atualmente o modelo de estratificação com maior número de ensaios controlados aleatorizados é o Treatment-Based Classification. Objetivo: Revisar sistematicamente os efeitos do sistema do Treatment-Based Classification para pacientes com dor lombar específica e não específica, aguda, subaguda e crônica. Desenho do estudo: Revisão sistemática. Desfechos: Os desfechos primários foram intensidade da dor e incapacidade. Os desfechos secundários foram qualidade de vida, retorno ao trabalho e efeito global percebido. Métodos: As seguintes bases de dados eletrônicas foram pesquisadas: MEDLINE, EMBASE, PsycINFO, Global Health, CENTRAL, Cochrane Methodology Register, Health Technology Assessment Database, Cochrane Systematic Reviews, Web of Science, CINAHL, SPORTDiscus (via Ovíd), PEDro e registro internacional de ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde (WHO). Utilizamos a escala PEDro para avaliação da qualidade metodológica, o TIDieR Checklist para avaliação da qualidade da descrição dos ensaios controlados aleatorizados e a ferramenta GRADE para avaliação da qualidade da evidência. Resultados: Vinte e um ensaios controlados aleatorizados que incluíam pacientes com dor lombar não específica, estenose lombar e ciática (n=2.413 pacientes) preenchera os critérios de inclusão. Uma metanálise de quatro ensaios controlados aleatorizados (n=137 pacientes) encontrou evidências de qualidade muito baixa de que o subgrupo de manipulação não é melhor do que exercícios de mobilidade para dor lombar aguda não específica para incapacidade (Média das diferenças (MD) -8,18 pontos, IC 95% -21,69 a 5,32). Outra metanálise, com dois ensaios controlados aleatorizados (n=244 pacientes), encontrou que há evidência de qualidade moderada de que não há diferença entre adicionar tração para pacientes com ciática para incapacidade (MD -0,96 pontos, IC 95% -5,65 a 3,73). Outras comparações de estudos únicos mostram que há evidências de baixa qualidade de que o Treatment-Based Classification é melhor do que grupos de controle para pacientes com dor lombar aguda e subaguda, mas não para pacientes com dor lombar crônica. Há evidências de baixa qualidade em cinco ensaios clínicos de que o subgrupo de preferência direcional é melhor do que os controles para pacientes com estenose lombar. Conclusão: Há evidências de baixa qualidade de que o Treatment-Based Classification é melhor do que abordagens sem estratificação para pacientes com dor lombar aguda, subaguda e para pacientes com estenose lombar, mas não para pacientes com dor lombar crônica.