Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cesário, Guilherme Beraldo
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Orientador(a): |
Bocchi, Aline Fernandes de Azevedo
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Banca de defesa: |
Garcia, Luciana Carmona
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Ribeiro, Thales de Medeiros
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Linguística
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3124
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Resumo: |
Esta dissertação propõe analisar os efeitos do digital no trabalho simbólico de elaboração do luto em publicações recordadas de perfis memoriais do Facebook. Ancorados nos pressupostos teóricos da Análise de Discurso de linha francesa, representada especialmente pelo nome de Michel Pêcheux e Eni Orlandi e, alguns preceitos teóricos da Psicanálise de Freud e Lacan, nosso objetivo é compreender quais os efeitos que o funcionamento próprio do digital, via perfis memoriais do Facebook e, seus excessos de sentidos promovem para o trabalho do luto e seus rituais, considerando ainda, o jogo entre memória e esquecimento posto nesses perfis memoriais que circulam, ativamente, no meio digital, regido pelas funções do herdeiro. Os afetos do luto, são compreendidas por Freud (2013 [1915-1917]), semelhantes à da melancolia. Metaforicamente o autor diz que, tanto no luto quanto na melancolia há uma ferida aberta, porém, no trabalho do luto essa ferida se transforma em cicatriz: o trabalho do luto se conclui. Já na melancolia, essa ferida não se fecha. Considerando que o perfil memorial proporciona, constantemente, o retorno da imagem e do perfil do morto, dificultando a cicatrização dessa ferida, que se aproxima da melancolia, ao mesmo tempo, o digital oferece ferramentas simbólicas, como a escrita, para que essa ferida seja bordada e cicatrizada. Ao mesmo tempo em que o memorial do Facebook possibilita um (eterno) retorno do morto aos feeds, ele também oferece ferramentas para que as operações simbólicas, que bordam o furo real causados pela morte, que contribuem para a conclusão do trabalho do luto. Não há, nessa dissertação, uma conclusão, mas sim considerações que abrem para novas pesquisas. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. Palavras-chave: Luto Digital; Facebook Memorial; Análise de Discurso; Psicanálise. |