O conhecimento de professores de matemática sobre frações: uma análise sob a lente da cognição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Toledo , Rogéria Viol Ferreira lattes
Orientador(a): Lopes , Celi Espasandin lattes
Banca de defesa: Lopes, Celi Espasandin lattes, Allevato, Norma Suely Gomes lattes, Rosenberg-Lee, Miriam, Powell , Arthur Belfort, Santos, Marcio Eugen Lopes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3238
Resumo: As frações têm uma fundamental importância no delineamento e construção dos conhecimentos matemáticos, sendo base para muitos outros conteúdos subsequentes. Porém, historicamente essa forma representacional dos Números Racionais tem apresentado diversos obstáculos no processo de ensino e aprendizagem. Pensar em uma mudança de prática pedagógica implica em entender quais os conhecimentos do professor e como ele os desenvolve implícita e explicitamente. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi investigar como ocorre o processamento de frações pelos professores de Matemática pós-graduandos sob as lentes da cognição, de forma a averiguar quais indícios emergem desse conhecimento que permitem a melhoria e o redimensionamento do processo de ensino e aprendizagem desse conteúdo. Para isso realizou-se uma pesquisa de métodos mistos, na qual foram coletados dados qualitativos (Análise de Conteúdo de respostas a perguntas abertas) e quantitativos baseados nas pesquisas da Neurociência e Psicologia Cognitiva (análise estatística de acerto e tempo de resposta em testes de comparação de frações nos formatos simbólicos e não-simbólicos). Como resultados obteve-se que os professores não pensam nas frações componencialmente. Eles utilizam um grande acervo de estratégias para comparar as frações simbólicas, sendo ancoradas prioritariamente nas perspectivas das partes. Porém há uma necessidade de que os professores ressignifiquem e avaliem esses conhecimentos, validando-os ou não matematicamente, além de criar formas de transformar esse conhecimento implícito em conhecimento prático, de sala de aula, pois observou-se que quanto maior a variedade de estratégias utilizadas, melhor foi a precisão dos participantes. Quanto à comparação de frações não-simbólicas, obteve-se que os professores foram mais ágeis no formato contínuo em detrimento dos discretos, indicando que possivelmente é mais fácil para os alunos a visualização da fração não-simbólica no formato contínuo. Eles também foram diretamente influenciados na precisão e no tempo de reação pelo tamanho da figura, sinalizando um problema com a unidade.