Estudo da atividade mutagênica e/ou antimutagênica da Baccharis dracunculifolia em células de mamíferos in vivo e in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Resende, Flávia Aparecida lattes
Orientador(a): Tavares, Denise Crispim lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Ciências
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/830
Resumo: A espécie Baccharis dracunculifolia DC (Asteraceae), uma planta nativa do Brasil comumente conhecida como “alecrim do campo” e “vassoura”, é indicada como a mais importante origem botânica da própolis verde. Sabendo-se que ambas possuem constituição química semelhante, é relevante avaliar o possível efeito mutagênico e a influência do extrato em acetato de etila das folhas de B. dracunculifolia (EAE-Bd) sobre a freqüência de danos cromossômicos induzidos pelo quimioterápico doxorrubicina (DXR) em células de mamíferos in vivo e in vitro. Para isso, foram realizados experimentos utilizando células da medula óssea e do sangue periférico de ratos Wistar, onde foram analisados como parâmetros as freqüências de eritrócitos policromáticos micronucleados (PCEMNs) e o índice de divisão nuclear (IDN). Culturas de células de ovário de hamster Chinês foram utilizadas como sistema-teste in vitro sendo analisados as freqüências de aberrações cromossômicas (AC) e o índice mitótico (IM). As freqüências de PCEMNs revelaram que nenhuma diferença significativa foi observada entre os animais tratados com as diferentes concentrações de EAE-Bd (6; 12; 24 mg/kg p.c.) quando comparados com os animais dos grupos controles negativo e solvente, tanto em medula óssea como em sangue periférico, demonstrando ausência de efeito mutagênico da EAE-Bd nas doses usadas. Os resultados também mostraram uma redução significativa nas freqüências de micronúcleos nos grupos tratados concomitantemente com as diferentes concentrações de EAEBd e DXR quando comparados àqueles tratados somente com DXR. Com relação aos valores de IDN obtidos tanto em medula óssea como em sangue periférico dos animais submetidos aos diversos tratamentos mostraram ausência de citotoxicidade. Os estudos in vitro mostraram que as culturas tratadas com as diferentes concentrações de EAE-Bd (12,5; 25 e 50 µg/mL) apresentaram freqüências de AC semelhantes àquelas das culturas do controle negativo. Entretanto, na concentração de 100 µg/mL houve um aumento significativo na freqüência de AC quando comparada às culturas não submetidas a qualquer tratamento. Os tratamentos de associação de EAE-Bd e DXR revelaram que as culturas tratadas com 12,5 µg/mL de EAE-Bd e DXR apresentaram uma redução significativa na freqüência de AC quando comparadas às culturas tratadas somente com DXR. A análise do IM mostrou que não houve diferenças significativas entre as culturas tratadas com as diferentes concentrações de EAEBd e/ ou DXR e o controle negativo, mostrando ausência de citotoxicidade. Os constituintes da B. dracunculifolia responsáveis pelos efeitos mutagênicos e antimutagênicos observados no presente estudo são provavelmente flavonóides e fenilpropanóides, uma vez que essas substâncias podem agir tanto como próoxidantes como capturadores de radicais livres. Palavras-chave: Baccharis dracunculifolia; Própolis; Micronúcleos; Aberrações cromossômicas