Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Ardenghe, Cláudia Cristina Cabral
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Orientador(a): |
Schwartzmann, Matheus Nogueira
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Banca de defesa: |
Abriata, Vera Lúcia Rodella
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Límoli, Loredana
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Linguística
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/755
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Resumo: |
A presente pesquisa pretende explicitar a aplicabilidade da teoria semiótica greimasiana em sala de aula como ferramenta pedagógica de incentivo à leitura e à escrita de alunos do Ensino Médio. A pesquisa nasce da experiência desta pesquisadora com a docência das disciplinas Literatura, Língua Portuguesa e Redação nas séries do ensino médio, em que se percebe a grande resistência à leitura por parte dos discentes, principalmente em relação às obras literárias. Assim, pretende-se não ensinar a semiótica de linha francesa aos alunos, mas selecionar, no âmbito da teoria, conceitos-chave (alguns já disseminados por manuais escolares de literatura e redação) que lhes permitam o aprimoramento da prática de leitura. Para tanto, foram tomados os conceitos de Esquema narrativo e Percurso gerativo do sentido, com destaque ao Nível discursivo, aos percursos figurativos e temáticos, e os estados de alma. Toma-se aqui, como córpus de análise, o videoclipe, tipo de texto que foge, propositadamente, da abordagem tradicional em sala de aula em que se trabalham basicamente com os gêneros canônicos. O videoclipe surge então como objeto de uma prática pedagógica inovadora, do ponto de vista da prática docente e, ao mesmo tempo, familiar aos alunos, já que o texto audiovisual ocupa um grande espaço, principalmente graças à internet (You tube, por exemplo), na vida de crianças, adolescentes e jovens adultos. Além disso, a inserção do videoclipe na sala de aula vai ao encontro de pressupostos dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, uma vez que leva para a sala de aula as novas mídias, propõe a discussão de conceitos como arte e literariedade, permitindo ainda uma reflexão de cunho social, como será o caso aqui. Assim, acredita-se, com tal escolha, que a análise do videoclipe – gênero sincrético por natureza, que mescla som, imagem, letra e melodia – pode aumentar, em um primeiro momento, a possibilidade de interação dos alunos com a disciplina de Língua Portuguesa, uma vez que: (1) a curta extensão do córpus lhes permite lê-lo ou conhecê-lo durante uma única aula, não exigindo que o leiam em casa, isto é, a prática de leitura dos alunos muda; (2) a relação entre imagem e letra pode ser facilmente explorada, permitindo que se estudem os aspectos comuns e distintos da letra e das imagens do vídeo (os diversos percursos narrativos, figurativos e temáticos que se desenham), expondo aos alunos a natureza complexa da significação; (3) o professor passa a ocupar um papel diferente na interação com os alunos, de maior proximidade, já que ao invés de tratar de um objeto que nem sempre pertence ao universo dos jovens, trata de um objeto que faz parte do seu cotidiano e do seu imaginário. Em um segundo momento, acredita-se que tendo já motivado os alunos e lhes transmitido alguns rudimentos de análise semiótica que possam aprimorar a sua leitura, será mais produtivo retornar aos textos puramente verbais, literários ou não, e desenvolver assim, a prática de interpretação e produção de textos na sala de aula. Para esta pesquisa, de forma geral, foram escolhidos vídeos do grupo O Rappa, banda de notório apelo entre jovens por tratar de temas sociais (exclusão, pobreza, racismo) e ter influências de diversos gêneros musicais (do funk à MPB). |