Infoinclusão: discursos, representações e práticas de subjetivação do professor web 2.0 na cibermídia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pires, Alcione Rodrigues lattes
Orientador(a): Momesso, Maria Regina lattes
Banca de defesa: Carmelino, Ana Cristina lattes, Pernambuco, Juscelino lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Linguística
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/768
Resumo: Por infoinclusão escolar entendemos como a tecnologia utilizada para que haja uma efetiva inclusão social e, por meio, da disponibilização de equipamentos, que serão usados como instrumentos de mobilização social e de educação seja uma forma das pessoas estarem incluídas digitalmente e socialmente. Estar incluído digitalmente significa ter acesso e saber utilizar às tecnologias da comunicação e informação. Na internet encontramos muitas ações para que isso se efetive, como exemplo, portais educativos governamentais e privados, sites especializados, blogs, fóruns e outros dispositivos tecnológicos. A prática discursiva circulante nesses espaços virtuais acerca do professor e das novas tecnologias mostra um educador despreparado para lidar com a internet e, mais especificamente, com a Web 2.0. Na primeira geração de Internet o usuário desempenhava papel de espectador nas páginas, não tinha acesso e nem autorização para alteração de conteúdo, fase denominada de Web 1.0. Hoje, a via de mão única acabou e os usuários das páginas podem colocar no ar o próprio conteúdo, é a fase Web 2.0. A expressão Web 2.0 ainda não ficou clara para todos e parece precipitação falar em Web 3.0. Objetivamos neste trabalho identificar as práticas discursivas e de subjetivação, presentes na Web 2.0, com a finalidade de observar os efeitos de sentido no discurso do sujeito professor, mais especificamente em um site que tem como foco principal preparar e orientar o professor a qualificar-se para o ensino e aprendizagem com as novas tecnologias. O corpus configura-se de e-textos do site educativo Educarede. Elegemos como perspectiva teórica a Análise de Discurso francesa, os estudos de Foucault (2007, 2000, 1991) acerca da ordem do discurso e das técnicas de si e para as questões das novas tecnologias e identidade Bauman (1998, 2001, 2005, 2007), Hall (2000); Coracini (2006); Eckert-Hoff (2008). Sobre a educação e internet autores como Belloni (2005, 2006), Brunner (2003) e Silva (2003). Os resultados apontam para um discurso autoritário, prescritivo e objetivador do sujeito professor. O tempo é de mudanças, para pertencer a ele, o sujeito Professor 2.0 não pode ser um professor humano, deve acoplar ao seu ser as ferramentas da Web 2.0 que o tornará o Professor 2.0. Dessa forma, os professores parecem ser vistos como máquinas que não tem identidade própria, mas sim identificações que podem ser alteradas a qualquer momento dependendo da necessidade vigente.