Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Suzana Albuquerque de
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Orientador(a): |
Perracini, Monica Rodrigues
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Cidade de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Mestrado em Fisioterapia
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1168
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A tontura é uma queixa frequente na população idosa e a sua prevalência aumenta significativamente com o avançar da idade. Existem na literatura algumas definições sobre tontura, tais como: sensação geral de desorientação, sensação de cabeça vazia, flutuação, tonteira, zonzeira, instabilidade, ou como uma percepção errônea de movimento. A tontura está associada a uma série de desfechos negativos de saúde nos idosos, tais como quedas, declínio funcional, comprometimento em atividades de vida diária, depressão e má qualidade de vida percebida. Tem sido considerada uma síndrome geriátrica, de caráter multifatorial. OBJETIVO: Explorar a queixa de tontura no último ano em relação a fatores sócio-demográficos, de saúde física de saúde mental e físicos - funcionais em idosos residentes na comunidade no município de Cuiabá-MT e identificar o peso desses fatores em relação à de queixa de tontura. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal exploratório de caráter epidemiológico, com homens e mulheres, de 65 anos e mais. Foram estudados 391 idosos residentes em zona urbana no município de Cuiabá. Foi utilizado um inquérito multidimensional e uma bateria de testes físico-funcionais. A tontura foi mensurada por meio do autorrelato de sensações de rodar, girar, sentir a cabeça vazia ou pesada, tonteira, zonzeira ou flutuação nos últimos 12 meses. RESULTADOS: A prevalência de tontura foi de 45%. A tontura giratória foi relatada por 70,4% dos idosos e 43,8% disseram já ter tido crises vertiginosas em algum momento da vida. Houve associação independente entre queixa de tontura e gênero feminino (p=0,004), relato de dificuldade de memória (p=0,015), má percepção de saúde (p=0,001), depressão (p<0,0001), cinco ou mais co morbidades (p=0,021), fadiga autorreferida (p<0,0001), história de quedas recorrentes (p=0,001), sonolência excessiva (p=0,003), medo de cair (p<0,0001), tempo de apoio unipodal esquerdo (p=0,002) e escore do Short Performance Physical Battery (p=0,009). À análise de regressão logísitica multivariada a queixa de tontura mostrou-se associada ao gênero feminino (OR=1,72 95% IC 1,10-2,69), a fadiga (OR=1,90 95% IC 1,18 – 3,05), a sonolência diurna excessiva (OR=1,97 95% IC 1,16-3,37), e a depressão (OR=2,18 95% IC 1,36-3,50). CONCLUSÃO: Quase metade dos idosos residentes na comunidade relataram queixa de tontura. Os fatores associados corroboram sua natureza multifatorial, o que reforça a necessidade da capacitação de profissionais de saúde em atenção primária com o objetivo de reduzir o impacto negativo da tontura na funcionalidade e qualidade de vida dos idosos. |