COVID-19: conhecimentos e atitudes dos cirurgiõesdentistas e estudantes de odontologia em tempos de pandemia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Petinati, Maria Fernanda Pivetta lattes
Orientador(a): Deliberador, Tatiana Miranda lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia Clínica
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2181
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento e as atitudes dos cirurgiões-dentistas e estudantes do último ano de Odontologia em relação à COVID-19. Esta pesquisa foi realizada do dia 8 de julho a 8 de agosto de 2020, que até então, correspondiam as semanas epidemiológicas com o maior número de casos no Sul do Brasil. Os indivíduos foram convidados a participar da pesquisa e receberam um questionário online estruturado e autoadministrado via Google Forms (Alphabet, Mountain View, CA, EUA). Inicialmente os participantes responderam questões referentes a dados sociodemográficos sobre idade, sexo, região de origem, tempo de trabalho, nível de educação e setor de atividade. A segunda seção foi sobre o conhecimento do dentista sobre a COVID-19, abordando os sintomas, período de incubação e meios de transmissão. A última seção continha perguntas sobre as atitudes dos dentistas em relação à pandemia da COVID-19, nas quais foram feitas perguntas sobre o serviço oferecido em tempos pandemia, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), meios de prevenção, emergência com caso suspeito para a COVID-19 e urgência com caso confirmado do vírus. Os dados foram submetidos a estatística descritiva e inferencial com nível de significância de 5% nas associações entre as variáveis sociodemográficos e os conhecimentos e atitudes dos participantes do estudo sobre a COVID-19. Total de 476 participantes com mediana de idade de 29 anos (19 – 86), sendo 26.7% homens e 73.3% mulheres. A maioria dos participantes tem como região de origem no Sul/Sudeste do Brasil (91,2%) e com tempo de trabalho na profissão de até 15 anos (57,4%). A maioria dos participantes era formada ou especialista (54,9%) e não atuava nas universidades como um setor de atividade. Sobre o conhecimento dos sintomas da COVID-19 os participantes responderam os mais comuns da COVID-19 (99,4% para febre, 95,2% para tosse e 99,2% para dificuldade para respirar), mas houve uma lacuna no reconhecimento de sintomas mais incomuns, como 30,5% para rinorreia. Em relação ao período de incubação 56,3% responderam de 1 a 14 dias. A porcentagem de participantes que responderam em relação ao modo primário de transmissão da COVID-19 foi de 98,3%, mas tiveram maior dificuldade em reconhecer a transmissão indireta do vírus (70.4%). Entre as atitudes tomadas pelos participantes, sobre o serviço oferecido no período da pandemia, 45% responderam que atendem normalmente apenas com intervalos maiores entre os pacientes. Participantes mais velhos assinalaram mais a opção de utilizar a máscara N95/PFF2 do que os mais jovens (p = 0,013). Sobre os meios de prevenção, participantes com mestrado e doutorado responderam que usam mais colutório com Peróxido de Hidrogênio préprocedimento que os estudantes (p = 0,011). A conduta de uma parte dos participantes relacionada ao nível de educação e caso de uma emergência em um paciente com COVID-19 não seguiu as recomendações propostas pelo conselho local (p = 0,007). Sendo assim, podemos concluir que o conhecimento sobre a COVID-19 dos participantes apresentou-se satisfatório, entretanto, em relação as atitudes há uma divergência em relação ao proposto pelos órgãos reguladores. É importante ressaltar que diante deste momento de incerteza, é necessário estar sempre atento às novas evidências científicas sobre o tema.