Resumo: |
O principal objetivo deste estudo é analisar o impacto da pandemia de doença por coronavírus (COVID-19) no ensino odontológico brasileiro. Após o pré-teste, um questionário online autoaplicado foi disponibilizado, sendo composto por questões que avaliam as ações estratégicas adotadas pelas Faculdades de Odontologia do Brasil durante a pandemia, o acesso e utilização de recursos, equipamentos e infraestrutura domiciliar para a manutenção da educação à distância, bem como os níveis de ansiedade e consumo de álcool entre os estudantes de graduação em Odontologia. A divulgação do projeto e recrutamento de participantes ocorreu por meio da difusão da pesquisa nas redes sociais (Instagram e Facebook). Todos os estudantes de Odontologia devidamente matriculados em instituições de ensino brasileiras eram elegíveis. O questionário final foi hospedado na plataforma online Google Forms durante quatorze dias e compreendia questões obrigatórias, sendo divididas em 5 diferentes blocos temáticos. A análise estatística foi realizada utilizando o software Stata® 12.0. As frequências absolutas e relativas foram obtidas para as variáveis de interesse por meio do qui-quadrado de Pearson. A prevalência das variáveis do estudo foi apresentada por meio de equiplots. A maioria dos alunos relatou estar em modelo de ensino à distância integral. Entre os alunos de graduação, 65,4% relataram ter percebido um impacto muito alto no ensino de odontologia e 16,6% dos alunos relataram não poder acompanhar a distância. Além disso, 14% relataram não possuir notebook ou desktop para estudar, sendo essa condição mais prevalente em não brancos do que em brancos. Conclui-se que os alunos brasileiros de odontologia perceberam um alto impacto do COVID-19 na formação odontológica, assim como 1/6 dos alunos relataram não possuir recursos adequados para continuar no ensino a distância. |
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