Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Silva, Marcelo Henrique da
 |
Orientador(a): |
Rodrigues, Marília Giselda
 |
Banca de defesa: |
Baronas, Roberto Leiser
,
Lima, Eliane Soares de
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Linguística
|
Departamento: |
Pós-Graduação
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/500
|
Resumo: |
O poema “Morte e vida severina - Auto de Natal pernambucano”, um dos textos mais conhecidos de João Cabral de Melo Neto, é objeto de estudos das mais variadas vertentes, da Teoria Literária aos Estudos Culturais. Não são numerosos, entretanto, os estudos dessa obra a partir do arcabouço teórico metodológico da Análise do Discurso de linha francesa (AD). Esta dissertação toma o poema como corpus de análise, investigando os modos como se instauram na obra três categorias reunidas sob a denominação de embreantes paratópicos (MAINGUENEAU, 2009), a saber: a cenografia, o ethos e a interlíngua. A análise da cenografia construída no e pelo discurso permite ver o modo como tal gestão faz do texto o lugar de uma representação de sua própria enunciação. O investimento em um código de linguagem, ao operar sobre a diversidade de zonas e registros de língua, transformando assim a própria língua em interlíngua, permite produzir um efeito que resulta da conformidade entre o exercício da linguagem que o texto implica e o universo de sentidos que ele manifesta. Por meio do ethos, o discurso é dotado de uma voz que ativa o imaginário estereotípico de um corpo de enunciador socialmente avaliado. Investiga-se, então, os modos como tais embreantes constituem a especificidade desse discurso, estabelecendo para ele um lugar no campo literário, legitimando sua enunciação e, ao mesmo tempo, paradoxalmente, como tais dimensões do discurso são legitimadas pelo próprio desenvolvimento da obra. A análise aqui empreendida permite concluir que a voz que emerge do poema é uma voz de denúncia, mais que de esperança, a despeito da categorização de auto natalino que o subtítulo do texto evoca. |