Representações da velhice no site Maisde50

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Maria Lúcia Frutuoso de lattes
Orientador(a): Momesso, Maria Regina lattes
Banca de defesa: Mendes, Mariza Bianconcini Teixeira lattes, Pernambuco, Juscelino lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Linguística
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/763
Resumo: É comum relacionar o uso das novas tecnologias, em especial a web, a pessoas jovens, executivos ou pesquisadores ligados ao mundo virtual. No entanto o número de pessoas com mais de 50 anos usuárias da Internet tem crescido no ciberespaço e torna-se cada vez mais comum encontrar sites específicos para pessoas maduras. Objetiva-se nesta dissertação analisar as representações construídas nos discursos sobre a velhice no site Maisde50 (http://www.maisde50.com.br/), com o intuito de compreender melhor as imagens e o imaginário do ser que envelhece na contemporaneidade. Partindo do pressuposto de que o sujeito emerge no/pelo discurso, pode-se dizer que este é de ordem simbólica, ou seja, um efeito de sentido entre interlocutores. Nos discursos que circulam na internet, há modelos de práticas sociais identitárias para aqueles que estão envelhecendo em tempos de relacionamentos virtuais. Adota-se uma abordagem transdisciplinar, à luz dos teóricos da análise de discurso e dos estudos culturais pós-estruturalistas. As reflexões pautam-se em autores como Pêcheux (1997), acerca das formações imaginárias e condições de produção e recepção discursiva; Foucault (1992, 1998, 2000, 2004), para as questões das práticas discursivas de subjetivação; em Hall (2002), para reflexões sobre a identidade; Bauman (2007, 2005, 2003, 2001), para a discussão da contemporaneidade, da identidade e das novas tecnologias; em Birman (1995), Bosi (1994), Santos (2008), Peixoto e Clavairolle (2005), em relação aos conceitos de envelhecimento. Os resultados mostram práticas discursivas que pretendem construir para o indivíduo com mais de 50 anos uma representação positiva: a velhice como sinônimo de melhor fase da vida. Os discursos parecem “apagar” os problemas e as limitações características do envelhecimento. A internet oferece nesse espaço virtual um simulacro de vida feliz, saudável e plena, em que a geração pós-50 experimenta a plena realização de si.