Arteterapia no Centro de Atenção Psicossocial III: uma estratégia para a Promoção da Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bolzani, Berliete lattes
Orientador(a): Silva, Jorge Luiz da lattes
Banca de defesa: Borges, Marilurdes Cruz lattes, Beretta, Regina Célia de Souza lattes, Antoniassi Junior, Gilmar lattes, Galon, Tanyse lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Doutorado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4117
Resumo: Esta tese aborda a arteterapia em contextos terapêuticos, como expressão de pacientes, que apresentam algum tipo de transtorno mental. A Reforma Psiquiátrica é um marco na organização da política de saúde mental no Brasil. Caracteriza-se pela transformação do modelo de cuidado para novas propostas terapêuticas em saúde mental e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são os serviços de referência e tratamento, com oficinas terapêuticas que promovem a expressividade e uma maior integração social e familiar. A arteterapia pode ser utilizada como instrumento potencializador desse processo, ampliando a percepção, resgatando a autoestima e despertando a criatividade dos usuários. Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo foi desenvolver oficinas de Arteterapia no atendimento do CAPS III, visando a identificar possibilidades de sua utilização enquanto recurso terapêutico no tratamento em saúde mental. As oficinas aconteceram semanalmente e as atividades foram transcritas e registradas em um diário de campo. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, de natureza aplicada, caracterizada como pesquisa observação participante, que adotou o referencial teórico-método fenomenológico de Carl Gustav Jung, para análise dos dados. Foram realizadas quatro oficinas de arteterapia (desenho, pintura, contos de fada e tarô), com 11 participantes usuários do CAPS. Ocorreram 38 encontros com o grupo, proporcionando a percepção e autoexpressão das emoções, ampliação da percepção dos problemas para identificar soluções, sendo facilitadora da auto-organização de possibilidades, para superação da dor do cotidiano. A intervenção, por meio da arteterapia e da criatividade, fortaleceu sentimentos de autoconfiança e autonomia, potencializando e valorizando a melhora do equilíbrio emocional e a minimização dos efeitos negativos decorrentes da psicopatologia. Pelas expressões artísticas, pode-se dar voz a algumas questões, resgatando a identidade e a vitalidade, o prazer e o bem-estar, que muitas vezes parecem perdidos, em situações dolorosas. A partir desta experiência, pode-se considerar que a arteterapia, inserida nas Práticas Integrativas e Complementares (PICs) do Sistema Único de Saúde, ainda é um campo de trabalho a ser explorado, como estratégia para acolhimento de sujeitos em sofrimento mental e fragilidade social, nas propostas de estratégias de desinstitucionalização e reabilitação psicossocial, com o objetivo de estimular o protagonismo destes usuários, favorecendo também aos grupos novos modos de ser, sentir e de agir. Palavras-chave: Arteterapia. Saúde Mental. Práticas Integrativas e Complementares.