Arteterapia “entre mulheres” : por outras possibilidades de expressão e elaboração de sofrimento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: PINANGÉ, Daniella Sotero de Barros
Orientador(a): MENEZES, Jaileila de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Psicologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34250
Resumo: A Lei 8080/90 do Ministério da Saúde objetiva prestar assistência psiquiátrica visando a integralidade e singularidade dos/as usuários/a (BRASIL, 1990). Isto alia o tratamento medicamentoso à participação coletiva, possibilitando ao/à usuário/à se perceber enquanto sujeito ativo e de direitos A partir dessa ampliação, o trabalho arteterapêutico, substanciado por Philippini (2013), possibilita que conteúdos desconhecidos possam chegar à consciência, influenciando a estruturação da personalidade e subjetividade. O objetivo geral deste estudo foi compreender as possíveis contribuições da Arteterapia, conforme a abordagem junguiana, para expressão e elaboração de sofrimento psíquico de mulheres acolhidas no grupo “Entre Mulheres: histórias e tecituras de corpos e desejos pulsantes”. Especificamente, identificar e analisar os sentidos construídos por mulheres acolhidas nesse grupo às suas experiências de sofrimento; investigar os sentidos construídos por essas mulheres às suas experiências de silenciamento; e analisar os deslocamentos subjetivos produzidos acerca das suas experiências de silenciamento e sofrimento. O plano epistêmico-metodológico, sustentado por Paulon (2005), baseou-se na pesquisa-intervenção; e a inserção no campo, sob a ótica de Minayo (2011), ocorreu a partir de observação participante. O corpus analisado constituiu-se pelas produções plásticas e pelo diário de campo da pesquisadora, organizando-se através da inspiração na análise temática, a partir de três eixos. O tema trabalhado no grupo arteterapêutico perpassou a questão da condição de ser mulher a partir do cuidado com o “corpo casa” - diante do processo de integração da sombra, seguindo a ideia de Jung (2008). Finalmente entendeu-se que o processo arteterapêutico realizado com as mulheres possibilitou a expressão; a tomada de consciência de conteúdos subjetivos causadores de sofrimento, sua elaboração e transformação, ultrapassando o caminho hegemônico da fala.