Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Sponchiado, Graziela
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Orientador(a): |
Oliveira, Cíntia Mara Ribas de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Positivo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2350
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Resumo: |
Uma quantidade significativa de medicamentos de uso humano e veterinário é excretada pela urina e fezes em sua forma original ou de metabólitos. A maioria dos fármacos não é completamente biodegradada e, por serem parcialmente removidos em estações de tratamento de efluentes (ETE) e de água (ETA), tais compostos podem ser encontrados em corpos d’água. Embora sejam relatadas concentrações extremamente baixas detectadas em águas superficiais, subterrâneas e água potável, que poderiam não apresentar efeitos significativos ao ambiente em termos de toxicidade aguda, a necessidade de estudos adicionais a respeito é fato, principalmente no tocante à toxicidade crônica, principalmente por serem restritos os estudos usando baixas concentrações. Sendo assim, o presente estudo investigou os efeitos genotóxicos agudo e crônico sobre Oreochromis niloticus (Família: Cichlidae, nome popular Tilápia), em função da exposição a 17 β-estradiol (E2). Para tanto, foram avaliados parâmetros citogenéticos em células sanguíneas deste organismo, por meio de Teste do Micronúcleo (MN), Anormalidades Nucleares (AN) e Ensaio Cometa, para a concentração de 6 ng.L-1 do hormônio, para os tempos de exposição de 24 horas, 48 horas e 10 dias. Verificou-se, pela análise de micronúcleos, diferença significativa (p=0,036) entre os grupos controle e tratado, para o tempo de exposição de 10 dias a E2, evidenciando menor freqüência de MN para o grupo tratado. A análise de Anormalidades Nucleares demonstrou diferença significativa (p=0,018) entre os grupos, para o tempo de exposição de 24 horas, tendo sido observado mais alterações no grupo tratado. Já por meio do Ensaio Cometa, foram verificados danos mais pronunciados após exposição de 48 horas (p<0,001) a E2, tendo sido observado maior escore de danos para o grupo tratado em relação ao controle negativo. Os resultados sugerem que E2 na concentração ambiental de 6 ng.L-1 pode exercer interferências agudas e crônicas, produzindo efeitos genotóxicos e mutagênicos em células de sangue de O. niloticus. Os testes do MN, AN e Ensaio Cometa podem ser, em conjunto, úteis e adequados na avaliação da genotoxicidade do E2 , necessitando, no entanto, de estudos adicionais para se inferir mais precisamente acerca de seus efeitos clastogênico e aneugênico deste composto. |