Avaliação ecotoxicológica da dipirona sódica em Oreochromis niloticus através de biomarcadores
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Curitiba |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/29407 |
Resumo: | Contaminantes emergentes (CE) se referem a uma classe de produtos cada vez mais presente nos ecossistemas. Sabe-se que a presença dessas substâncias nos ambientes possui ação toxicológica, especialmente nos ambientes aquáticos. Entre estes contaminantes, podemos citar os fármacos, que muitas vezes acabam destinados aos corpos d’água, tornando-se persistentes nesses meios. Consequentemente, os organismos que vivem nesses ambientes estão vulneráveis à reatividade do meio, estando expostos a alterações mutagênicas, metabólicas, morfológicas, comportamentais, perda do seu habitat natural e mortalidade. O presente estudo investigou, através de bioensaios, os efeitos provocados pelo fármaco dipirona sódica, em peixes Oreochromis niloticus (Tilápia do Nilo), após exposição hídrica subcrônica pelo período de 21 dias, através de análises de biomarcadores genéticos e bioquímicos. Foram avaliadas três concentrações subletais do fármaco: 0,7; 4,9 e 34,3 mg/L, definidas de acordo com a literatura. A renovação da água e do fármaco foi realizada diariamente na proporção de ¾ do volume total de cada aquário. Foram realizados dois bioensaios, nas mesmas condições experimentais, com o intuito de aumentar o número de organismos amostrados. Foi avaliada a genotoxicidade, através do ensaio cometa, em células de sangue e de tecido renal, sendo que em sangue, foi observado diferença estatística significativa entre os grupos expostos às três concentrações, em relação ao grupo controle negativo, em ambos os bioensaios. Para o tecido renal, a análise do material genético dos organismos do bioensaio 1 apresentou diferença entre o grupo controle negativo e a concentração de 34,3 mg/L, enquanto que no bioensaio 2 foi observada diferença significativa entre os três grupos de exposição e o grupo controle negativo. No teste do micronúcleo písceo, diferenças significativas foram constatadas entre os grupos de exposição 4,9 mg/L e 34,3 mg/L em relação ao grupo controle negativo, em ambos bioensaios, caracterizando uma ação genotóxica do fármaco. A atividade da AchE em músculo apresentou inibição nos animais expostos às três concentrações do fármaco, nos dois bioensaios enquanto que a atividade da AchE em cérebro não apresentou alteração em relação ao grupo controle negativo. Em relação à atividade da GST em fígado, verificou-se diferenças entre os grupos de animais, no bioensaio 1: diferenças estatisticamente significativas entre o grupo controle negativo e grupos de exposição 4,9 e 34,3 mg/L; no bioensaio 2 não observou-se diferença entre os grupos analisados. A análise do fator de condição de Fulton evidenciou que a exposição subcrônica à concentrações avaliadas da dipirona sódica não afetou a saúde geral dos animais. Os resultados encontrados no presente trabalho demonstram o potencial efeito ecotoxicológico do fármaco dipirona sódica para a espécie de peixe O. Niloticus. |