Comparação das respostas perceptivas e motivacionais entre diferentes protocolos de treinamento intervalado.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marin, Douglas Popp lattes
Orientador(a): Otton, Rosemari lattes
Banca de defesa: Otton, Rosemari lattes, Barela, Ana Maria Forti lattes, Pires, Adriana Cristina Levada lattes, Foschini, Denis lattes, Figueira Junior, Aylton José lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
Programa de Pós-Graduação: Doutorado Interdisciplinar em Ciências da Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/275
Resumo: O objetivo geral deste estudo foi investigar as respostas perceptivas e motivacionais ao treinamento intervalado com corda naval (TICN) e examinar a relação da resposta afetiva com os indicadores motivacionais relacionados à adesão ao exercício. Para tanto, dois estudos foram conduzidos. No estudo 1, 14 voluntários adultos jovens fisicamente ativos (24 ± 4 anos, 80,5 ± 8,27 kg, 175,4 ± 4,66 cm, IMC 26,2 ± 2,72 kg/m2 e 11,5 ± 4,41 % de gordura corporal) realizaram três protocolos de TICN em ordem aleatória contrabalanceada: P10:30 (12 x 10 segundos - 30 segundos de recuperação); P15:45 (8 x 15 segundos - 45 segundos de recuperação); e P30:90 (4 x 30 - 90 segundos de recuperação). Todas os protocolos foram realizados em intensidade “all-out”, com recuperação passiva, mantendo a densidade (razão entre trabalho/recuperação) em 1:3. Imediatamente ao final de cada série foi avaliada a resposta afetiva (FS), ativação (FAS), percepção subjetiva de esforço (PSE) e frequência cardíaca (FC). No período de recuperação 15 minutos pós-exercício, foram acessados indicadores motivacionais como o divertimento, autoeficácia e intenção. Os resultados demonstraram que houve declínio significativo da FS e aumento progressivo da FAS, PSE, FC, porém sem diferença entre os protocolos. Da mesma maneira, não foi observada diferença para os indicadores motivacionais entre os protocolos. Nossos dados indicaram que a relação inversa entre o declínio da FS e o incremento da PSE pode ser moderada para percepção de tolerância a intensidade do exercício. A análise de regressão revelou que a resposta de FS e a autoeficácia podem predizer a intenção de repetir o TICN. O efeito da resposta de FS sobre a intenção foi mediado pela percepção de autoeficácia dos voluntários. No estudo 2, nós investigamos se o intervalo de recuperação (IR) autosselecionado poderia influenciar nas respostas perceptivas e motivacionais durante e após o TICN. Participaram desse estudo 12 homens fisicamente ativos (22 ± 6 anos, 77,2 ± 9,83 kg, 175,4 ± 5,83 cm, IMC 25,1 ± 2,70 kg/m2 e 9,35 ± 4,93% de gordura corporal). Foram realizados dois protocolos de TICN: protocolo prescrito (P15:45 - idêntico ao estudo 1) e protocolo autosselecionado (8 x 15 segundos - IR autosselecionado). Os resultados mostraram que não houve diferença nas respostas perceptivas e motivacionais entre os protocolos. Entretanto, o aumento da FC durante o protocolo prescrito foi significativamente maior do que no IR autosselecionado. Coletivamente, os resultados dos estudos 1 e 2 mostraram que a manipulação da duração do intervalo de trabalho e do IR no TICN não influenciaram as respostas perceptivas durante o exercício, em condições de volume total e intensidade equalizados. Além disso, a FS pode influenciar diretamente e indiretamente os fatores motivacionais envolvidos na adesão ao exercício.