Diferentes variações, protocolos e períodos do treinamento intervalado nas respostas fisiológicas, perceptivas e do desempenho com distintas características amostrais
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
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Departamento: |
Faculdade de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00051 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15353 |
Resumo: | O treinamento intervalado é um método de treinamento importante para alcançar respostas fisiológicas relevantes. Foram desenvolvidos em um total de seis estudos, explorando as variações, protocolos e períodos do treinamento intervalado nas respostas fisiológicas, perceptivas e do desempenho com distintas características amostrais, incluindo uma revisão sistemática, com intenção de aprofundar e enriquecer as investigações sobre a temática alvo da pesquisa. Estudo I: Objetivou verificar as respostas de diferentes intervalos entre os sprints na pressão arterial, variabilidade da frequência cardíaca, lactato e respostas de desempenho em homens fisicamente ativos. Dez corredores masculinos participaram do presente estudo. Os participantes realizaram três sessões, utilizando séries com sprint (10 x 30m – intensidade máxima). Para cada sessão, o protocolo foi realizado com intervalos de recuperação entre estímulos diferentes (20, 30 e 40 segundos). A cada visita, a pressão arterial, variabilidade da frequência cardíaca e lactato foram coletadas antes e após. Como resultados, estudo observou diferenças significativas na variável lactato para a comparação nos momentos pré e pós para todas as condições experimentais (S20, S30 e S40) (p<.001). Além disso, foram observadas diferenças significativas na percepção do esforço para S20 e S30 a partir do sexto sprint (p<.05). Em S40, as diferenças significativas na percepção do esforço começaram a partir do quinto sprint (p<.05). Nenhuma diferença significativa foi observada para a pressão arterial para todos os períodos pré e pós. Para desempenho do sprint e variabilidade da frequência cardíaca, nenhuma diferença foi encontrada (p>.05). No estudo II: Objetivou verificar a influência dos diferentes tempos de intervalo entre os sprints no desempenho dos atletas de futsal amadores. Dez indivíduos, homens, atletas de futsal amadores (participaram do estudo. Os indivíduos foram selecionados aleatoriamente para realizar sessões com sprints (10 séries de 20 m) com diferentes tempos de pausa de 15 (S15), 30 (S30) e 60 (S60) segundos. Para análise do desempenho, a velocidade (km/h) aplicada a cada sprint foi monitorada por um dispositivo de fotocélula. Foi observado uma interação entre velocidade e tempo de intervalo (p=.001). Para a condição S15, observou-se uma maior redução no desempenho (p ≤.05), enquanto para S30 e S60, não se observou qualquer redução significativa no desempenho (p>.05). Os dados para a área sob a curva mostraram uma diferença significativa (p=.001), onde o intervalo de 60s (S60) foi mais longo em comparação com os valores de 30 (S30) (p=.001) e 15s (S15) (p=.001). No entanto, não houve diferenças significativas entre os dados de 30 e 15 s (p=.248). No estudo III: Objetivou, através de uma revisão sistemática, verificar os efeitos do treinamento intervalado no sistema cardiovascular em idosos saudáveis. Os estudos foram procurados nas bases de dados MedLine, PubMed, e Sport Discus. Após procedimentos criteriosos de seleção, apenas seis estudos foram incluídos para a análise final. Os resultados mostraram que os protocolos de treinamento intervalado pode ser um método eficiente para melhora funcional das variáveis cardioprotetoras em idosos, especialmente frequência cardíaca de repouso, pressão arterial, variabilidade da frequência cardíaca, atividade barorreflexa e consumo máximo de oxigênio. No estudo IV: Objetivou verificar os efeitos de oito semanas de treinamento intervalado com diferentes intensidades sobre a função hemodinâmica e autonômica em idosos. 24 homens idosos que eram fisicamente ativos participaram dos estudos em 3 grupos experimentais: grupo de treinamento A (GTA, n = 8), grupo de treinamento B (GTB, n = 8) e grupo de controle (GC, n = 8). Para os grupos treinamentos, as intervenções foram desenvolvidas duas vezes por semana durante oito semanas, com um intervalo de 48 horas entre as sessões. As avaliações foram realizadas antes (baseline) e após a oitava semana de intervenção. O grupo de controle não realizou nenhuma intervenção. Foram avaliadas a frequência cardíaca de repouso, pressão arterial (sistólica, diastólica e média), variabilidade da frequência cardíaca e duplo produto. As variáveis foram analisadas durante 10 minutos com os sujeitos em repouso na posição sentada antes e depois da intervenção. Após a intervenção, não foram encontrados resultados estatisticamente significativos nas variáveis avaliadas (p> .05). No estudo V: Objetivou verificar os efeitos crônicos do treinamento intervalado com diferentes intensidades sobre as variáveis hemodinâmicas, autonômicas e cardiorrespiratória de pessoas idosas fisicamente ativas. 24 homens idosos participaram do estudo em três grupos experimentais: grupo de treinamento A (GTA, n = 8), grupo de treinamento B (GTB, n = 8) e grupo de controle (GC, n = 8). Os grupos GTA e GTB realizaram 32 sessões de treinamento com 48 horas de intervalo. A GTA realizou 4 min. (55 a 60% da FCres) e 1 min (70 a 75% da FCres). O GTB realizou o mesmo protocolo, mas realizou 4 min com 45 a 50% de FCres e 1 min com 60 a 65% de FCres. As avaliações foram realizadas antes e após a 16ª e 32ª sessão de intervenção. O GC realizou apenas avaliações. Como resultados, não houve diferenças estatisticamente significativas entre protocolos e momentos (p>.05). Entretanto, o tamanho do efeito e o delta percentual indicaram resultados clínicos com magnitudes relevantes, indicando respostas favoráveis à intervenção de treinamento intervalado sobre as variáveis pesquisadas. Nos estudos VI: Objetivou verificar as respostas agudas do treinamento intervalado de alta intensidade com recuperação fixa e auto selecionada na reativação parassimpática. 19 indivíduos participaram do estudo, sendo: 13 homens e 6 mulheres. Eles realizaram 10 x 30 s (95% Vpico) por 1 min (HIITRecA 1 min. - ativo - 40% Vpico) ou a recuperação auto selecionada (HIITRecB – ativo - 40% Vpico). A variabilidade da frequência cardíaca foi avaliada antes e depois dos protocolos. A frequência cardíaca foi coletada antes, imediatamente após cada estímulo e no final da sessão (durante 10 min.). Como resultados, não foram observadas diferenças em todos os índices da variabilidade da frequência cardíaca para condição e tempo*condição. Entretanto, uma diferença significativa foi observada em todas os índices da variabilidade da frequência cardíaca em termos de tempo (p<.001), e os efeitos observados são médios (>.06). O modelo de curva de crescimento latente foi calculado para identificar as respostas interindividuais e intraindividuais na frequência cardíaca, durante e após o esforço. A variação de interceptação (interindividual) e inclinação (interindividual) foi significativa para todos os momentos analisados (p<.05), intra e após esforço (High Intensity Interval Training) para ambas as condições realizadas (HIITRecA e HIITRecB). |