Expressão de proteínas sinápticas e estruturais no sistema nervoso de ratos submetidos a diferentes modalidades de exercício físico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Garcia, Priscila Crespo lattes
Orientador(a): Pires, Raquel S. lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1143
Resumo: Introdução: Diversos tipos de exercícios físicos com seus diferentes protocolos são capazes de promover várias mudanças plásticas no sistema nervoso. No entanto, não há ainda muita clareza quanto às respostas plásticas dependentes de proteínas estruturais e sinápticas em regiões motoras quando comparados dois tipos diferentes de exercício físico, um envolvendo tarefas motoras complexas e outro envolvido com tarefas rítmicas e automáticas. O objetivo do estudo foi avaliar a expressão das proteínas sinapsina I (SYS), sinaptofisina (SYP), MAP2 (proteína associada ao microtúbulo – 2) e neurofilamentos (NF) em regiões do córtex motor, estriado e cerebelo de ratos adultos submetidos a exercício físico realizado em esteira de intensidade moderada (EE) e exercício acrobático (AC). Além disso, foi analisado o comportamento motor e equilíbrio de ratos dos diferentes grupos. Métodos e Resultados: Esse estudo utilizou-se de ratos adultos machos, Wistar, os quais foram separados em 3 grupos: controle-sedentário (n=15), EE (n=20) e AC (n=20). No grupo EE os ratos treinaram em uma esteira com velocidade máxima de 0,6 Km/h por 40 minutos, 3 vezes por semana por 4 semanas. No grupo AC, os ratos passaram 5 vezes pelo circuito que era composto por diversos obstáculos, 3 vezes por semana durante 4 semanas. Na análise comportamental foi utilizado o sistema “Rotarod”. Além disso, foi analisada a performance motora dos ratos do grupo AC através do registro do tempo de passagem pelo circuito acrobático. Para analisar a expressão das proteínas no córtex motor, estriado e cerebelo foram utilizadas as técnicas de imuno-histoquímica e “immunoblotting”, e os dados submetidos à análise estatística utilizando o teste ANOVA e o pós-teste de Tukey quando apropriado. Adotou-se o nível de significância de 5%. A análise comportamental dos animais revelou aumento significativo do tempo de permanência no Rotarod somente nos grupos EE e AC, a partir da segunda semana de treinamento e que permaneceu até o final das 4 semanas. Quanto a performance motora, após 4 semanas de treinamento acrobático, os animais mostraram uma redução estatisticamente significante do tempo necessário para atravessar todo o circuito. Em nossos resultados, ratos do grupo AC mostraram aumento significante de MAP2 e SYP no córtex motor, das quatro proteínas no estriado e de SYS no cerebelo. Por outro lado, ratos do grupo EE apresentaram aumento significativo de SYS e SYP no córtex motor, NF68, SYS e SYP no estriado e MAP2, NF e SYS no cerebelo, além de redução significativa de NF no córtex motor e na camada molecular do cerebelo. Assim, as principais alterações ocorridas no grupo AC foram vistas nas áreas envolvidas nos circuitos núcleos da base-tálamo-corticais, enquanto que no grupo EE as alterações foram vistas nas regiões envolvidas no circuito cerebelo-tálamo-cortical. Conclusão: Nossos dados sugerem que o exercício realizado em esteira e o exercício acrobático modulam proteínas sinápticas e estruturais nas áreas encefálicas de forma distinta, desempenhando um importante papel na plasticidade exercício-dependente em regiões motoras do encéfalo.