Ações de educação nutricional em Unidades Básicas de Saúde da Família do interior de São Paulo e sua importância para a Promoção da Saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferro, Élen Lúcia Bagatini Saud lattes
Orientador(a): Pina, Marina Garcia Manochio lattes
Banca de defesa: Maniglia, Fabíola Pansani lattes, Beretta, Regina Célia de Souza lattes, Margutti, Ana Vitoria Barban lattes, Miranda, Daniela Elias Goulart de Andrade lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Doutorado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4102
Resumo: Introdução: o cuidado nutricional desenvolvido na atenção primária, quando fortalecido e qualificado, pode ser uma maneira mais econômica, rápida e eficiente de promover a prevenção da obesidade e de outras Doenças Crônicas Não Transmissíveis associadas à má alimentação. As Unidades Básicas de Saúde, principalmente as Unidades Básicas de Saúde da Família, são os locais ideais para o desenvolvimento de orientação e práticas educativas sobre alimentação saudável, pois estas empoderam o indivíduo, tornando-o protagonista com os cuidados com sua saúde. Objetivos: avaliar as modificações antropométricas, nos hábitos alimentares e nível de conhecimento sobre alimentação saudável de adultos usuários de duas Unidades Básicas de Saúde da Família, sendo uma correspondente ao grupo controle, após período de intervenção nutricional. Procedimento metodológico: trata-se de uma pesquisa de campo, quase-experimental, do tipo longitudinal, quantitativa, de caráter descritivo e intervencionista, que teve como público alvo 224 usuários entre 18 e 60 anos, cadastrados em duas Unidade Básica de Saúde da Família do interior de São Paulo, que em suas residências eram responsáveis pela aquisição de alimentos. Uma das unidades, cujo grupo pesquisado foi de 110 indivíduos, serviu como grupo controle; na outra realizou-se intervenção nutricional por aproximadamente seis meses com 114 pessoas. Dividiu-se a pesquisa em três fases: na primeira realizou-se uma análise inicial do nível de conhecimento sobre alimentação saudável dos usuários das duas unidades, de seus hábitos alimentares e sua avaliação antropométrica. Na segunda fase, desenvolveram-se atividades de educação nutricional apenas em uma das instituições; na terceira, aplicou-se novamente os mesmos questionários da primeira fase e a avaliação antropométrica nas duas unidades, para comparar os dados da instituição com intervenção com os da outra instituição e avaliar a efetividade das ações desenvolvidas. Na unidade grupo controle, efetuou-se apenas as fases um e três. A coleta de dados foi realizada com o auxílio de alunas do curso de Nutrição, devidamente treinadas. Resultados: obteve-se três artigos: no primeiro traçouse o perfil dos usuários dos dois locais e verificou-se elevados índices de excesso de peso, predominância de conhecimento moderado e alto consumo de processados e ultraprocessados nas duas unidades; no segundo fez-se a análise dos resultados obtidos apenas na instituição onde houve a intervenção, obtendo-se melhora considerável em todos os quesitos analisados após o período de intervenção; e no terceiro fez-se a comparação dos resultados da unidade com intervenção com os da unidade que serviu como grupo controle e obteve-se na primeira, melhora tanto antropometricamente, quanto na qualidade da alimentação e no nível de conhecimento sobre alimentação saudável. Já na unidade sem intervenção, houve pouca variação na perda de peso e na melhora do nível de conhecimento, bem como, piora na qualidade alimentar, com o aumento do consumo de processados e ultraprocessados, principalmente entre os indivíduos obesos. Considerações finais: a participação efetiva e contínua do nutricionista na atenção básica e o desenvolvimento de ações de Educação Alimentar e Nutricional, só tem a contribuir para a melhoria da saúde e qualidade de vida da população, conforme demonstraram os resultados obtidos no estudo. Palavras-chave: Educação alimentar e nutricional. Atenção primária à saúde. Promoção da saúde.