Efeito de vernizes contendo Xilitol na remineralização do esmalte de dentes decíduos: estudo in vitro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barreto, Gabriela Santos lattes
Orientador(a): Cardoso, Cristiane de Almeida Baldini lattes
Banca de defesa: Cardoso, Cristiane de Almeida Baldini lattes, Charantola, Marcela Rodrigues lattes, Matos, Ronilza lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Odontologia
Departamento: Campus Liberdade
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/357
Resumo: O xilitol, substituto de açúcares, tem apresentado destaque nos últimos anos como adoçante em produtos destinados a melhorar a saúde bucal devido às suas propriedades bacteriostática, anticariogênica e remineralizadora. Sabe-se que os dentes decíduos apresentam características que os tornam mais susceptíveis a lesões cariosas quando comparados aos dentes permanentes. Considerando que o verniz contendo fluoreto de sódio é uma estratégia amplamente utilizada na odontopediatria com a finalidade de controlar a cárie dentária, o objetivo do presente estudo in vitro foi avaliar a remineralização do esmalte humano decíduo após a aplicação de um verniz contendo xilitol, com diferentes tamanhos de partículas (146 e 80μm). A microdureza superficial foi realizada em 56 espécimes de esmalte de molares decíduos (3x3 mm) e os mesmos foram submetidos à indução de lesão de cárie artificial (solução de Buskes, 11 dias). Os espécimes foram aleatorizados em 4 grupos (n=14) e tratados com os vernizes: 20% xilitol, 20% xilitol moído; Duraphat® (NaF a 5%) e verniz placebo (sem F ou xilitol). Partículas de xilitol do grupo “20% xilitol moído” foram submetidas a um moinho de bolas por 60 segundos com frequência de 10 Hz, a fim de diminuir a decantação das partículas no verniz. Os vernizes foram aplicados e removidos após 6 h de imersão em saliva artificial, submetidos à ciclagem de pH (desmineralização-2h/remineralização-22h por dia, 8 dias) e, ao final foram avaliados a dureza de superfície e o percentual de recuperação de dureza superficial (%RDS). Os dados foram analisados estatisticamente pelos testes de Kruskal-Wallis/ANOVA e Tukey/Dunn para comparações individuais (p˂0,05). Os valores de %RMDS foram significativamente maiores para os vernizes experimentais contendo xilitol e para o verniz padrão ouro, quando comparados ao verniz placebo, não diferindo significativamente entre si. Com relação à perda mineral integrada, os vernizes experimentais e comerciais apresentaram áreas significativamente menores de lesão em relação ao verniz placebo, não diferindo entre si. A redução do tamanho das partículas de xilitol em 45% (xilitol moído) diminuiu sua precipitação no verniz experimental, influenciando na capacidade remineralizadora do material, sendo este o único capaz de promover uma remineralização significativamente maior em relação ao verniz placebo nos 50 μm da lesão. Pode-se concluir que os vernizes contendo xilitol parecem ser alternativas promissoras na promoção da remineralização do esmalte dentário de dentes decíduos, tanto em superfície quanto em profundidade.