A relação entre educação ambiental e promoção de saúde no curso de medicina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Bonetto, Darci Vieira da Silva lattes
Orientador(a): Maranho, Leila Teresinha lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2357
Resumo: Considerando a Lei n.o 9.795 de 1999, que se refere à transversalidade da Educação Ambiental, em todos os níveis de ensino, e sendo a Educação Ambiental e a Educação em Saúde propostas interdisciplinares de construção de conhecimentos relativas à integração do homem com o meio ambiente, não poderia o curso de Medicina ficar fora deste contexto. Esta pesquisa caracterizou-se como quali-quantitativa e, teve como objetivo analisar a percepção dos alunos dos cursos de Medicina, assim como verificar a percepção dos docentes e coordenadores sobre a EA, nos mesmos cursos, além de propor estratégias e traçar diretrizes para a implementação do ensino da EA para todos os cursos de Medicina. Uma vez que existe lei, está faltando mobilização dos profissionais e instituições cientificas para solicitar ao MEC o reconhecimento da lei e resolução existente assim como fazer cumprir a mesma. Diante dessa constatação, realizou-se uma pesquisa com a aplicação de questionários com perguntas abertas e fechadas para 229 alunos de graduação das 1.a e 5.a séries em dois cursos de Medicina, designados por curso A e B, em Curitiba-PR. Ademais, foram entrevistados dois coordenadores e 50 docentes dos cursos pesquisados, assim como 10 docentes de faculdade de Medicina de outros estados brasileiros, e um docente de cada um destes 10 países: Espanha, Uruguai, Chile, Portugal, México, Equador, Bolívia, Patagônia, Peru, Colômbia. Após análise dos dados da pesquisa, verificou-se que os alunos, embora tenham demonstrado conhecimento nas questões fechadas, quando as respostas foram confrontadas com justificativa das perguntas semi-abertas, apresentaram dificuldade em demonstrar o conhecimento sobre aspectos gerais e específicos, relacionados ao meio ambiente. Houve falta de coerência entre respostas e justificativas. Em relação à análise curricular, pode-se constatar que o ensino do meio ambiente está contemplado em ambos os cursos, com reduzido número de horas aula e escassa ênfase ambiental. Quanto aos coordenadores e docentes, verificou-se um posicionamento favorável na implementação da EA no curso de Medicina, mas sugeriram a necessidade de capacitação para professores e adequação curricular com temas ambientais de forma transversal. Observou-se também que a EA, em ambos os cursos, não difere dos cursos de Medicina de outros estados e dos países que participaram deste trabalho. A análise dos dados levantados nesta pesquisa contribuiu para encontrar os motivos pelos quais os alunos de Medicina não estão conseguindo fazer relação entre Saúde e meio ambiente: o conhecimento insatisfatório dos alunos está relacionado à falta de capacitação dos professores, falta adequação curricular e necessidade do reconhecimento e cumprimento de Lei e Resolução que diz respeito à EA no curso de Medicina. Com a percepção dos coordenadores, docentes, alunos e da análise da grade curricular foram propostas estratégias, assim como foram traçadas as diretrizes de acordo com princípios da EA, observando a Legislação n.o 9795/199 e a Resolução CNE/CES n.o 1133/2001, somente com a tomada de decisão dos atores responsáveis direto pelas iniciativas educativas para garantir implementação da EA no curso de Medicina, haverá mudança de comportamento, que pode contribuir para a minimização do impacto ambiental, melhorando a saúde e qualidade de vida.