Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Thayná de Souza
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Orientador(a): |
Ambrósio, Sérgio Ricardo
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Banca de defesa: |
Veneziani, Rodrigo Cassio Sola
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Silva, Danille Fernandes da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Ciências
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3066
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Resumo: |
A resistência aos antibacterianos está também vinculada com a existência de genes contidos no microrganismo que codificam diferentes mecanismos bioquímicos que impedem a ação dos fármacos. As infecções causadas por esses microrganismos multirresistentes são um problema emergente mundial, e nos últimos anos um número considerável, estão desenvolvendo resistência aos antibacterianos convencionais. O resultado global do surgimento de organismos patogênicos humanos exibindo resistência a múltiplas drogas tem sido a busca de novas substâncias antimicrobianas de outras fontes, incluindo plantas. A própolis é usada como medicamento popular desde 300 aC, na literatura já foram relatadas numerosas propriedades biológicas. A composição da própolis é variável, dependendo da região e da época da coleta. Em face deste potencial biológico demonstrado pela própolis, da escassez de novos antibacterianos e do constante aumento de bactérias multirresistentes, o objetivo deste estudo foi avaliar as atividades, antibacteriana, antibiofilme, sinérgica e antivirulência, da própolis vermelha (extrato bruto, frações - diclorometano, acetato, hexano, nbutanol, e substâncias isoladas – gutiferona E e oblongifolina) frente a bactérias multirresistentes. Para a avaliação da atividade antimicrobiana, utilizou-se como parâmetros de análise a concentração inibitória mínima (CIM), concentração bactericida mínima (CBM), inibição da formação do biofilme (CIMB50), índice de concentração inibitória fracionada (ICIF) e antivirulência frente a cepa multirresistente de S. aureus (ATCC 43300). Os resultados evidenciaram uma atividade antibacteriana promissora (CIM e CBM de 31,25 e 62,5 μg/mL) para o extrato bruto da própolis vermelha, frente cepas multirresistentes de Staphylococcus spp. Para as substâncias isoladas também foram encontrados resultados promissores onde a CIM foi de 12,5 μg/mL para Staphylococcus spp. As frações da própolis vermelha não apresentaram atividade antibacteriana contra o painel de bactérias multirresistentes avaliadas. Na avaliação da inibição da formação dos biofilmes frente bactérias multirresistentes, as substâncias gutiferona E e oblongifolina inibiram os biofilmes em mais de 50% em concentrações entre 1,56 e 6,25 μg/mL para as cepas de Staphylococcus spp. No ensaio da determinação do ICIF, as substâncias isoladas – gutiferona E e oblongifolina - combinados com a vancomicina, apresentaram somente efeito indiferente nessas combinações frente às bactérias avaliadas. Na determinação da antivirulência, apenas a substância gutiferona E (12,5 μg/mL) foi capaz de inibir a catalase, um dos fatores de virulência do S. aureus (ATCC 43300) avaliados. Portanto, podemos concluir que os resultados desse estudo evidenciaram o potencial antibacteriano promissor das substâncias gutiferona E e oblongifolina, podendo ser utilizados no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para combater cepas multirresistentes. Palavras-chave: Bactérias multirresistentes; produtos naturais; própolis vermelha; atividade antibacteriana; atividade antivirulência. |