Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Silva, Carolina Penteado Guerra
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Orientador(a): |
Cano, Maria Aparecida Tedeschi
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Banca de defesa: |
Ribeiro, Rosane Pilot Pessa
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Figueiredo, Glória Lúcia Alves
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/571
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Resumo: |
A prevalência de sobrepeso e obesidade infanto-juvenil vem aumentando nos últimos anos tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Atribui-se esse fato a dois mecanismos principais: a diminuição do gasto energético, devido ao sedentarismo e o aumento da ingestão calórica. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares, de ambos os sexos, com idades entre 6 a 10 anos, matriculados em escolas das redes privada e pública do município de Fernandópolis – SP, associando a isso seus fatores determinantes, como os sócio-econômicos, atividades físicas, hábitos alimentares e tempo de aleitamento materno. Foram avaliados 319 escolares, sendo 170 do sexo feminino (53%) e 149 do sexo masculino (47%); para a classificação do estado nutricional foram utilizados os gráficos de IMC por percentil para as idades entre 5 e 19 anos, sugeridos pela WHO. Verificou-se que 160 escolares (50%) estavam eutróficos; 71 escolares (22%) com sobrepeso; 67 escolares (21%) obesos e 21(7%) com IMC abaixo do ideal para a idade. Estes dados estão de acordo com os resultados encontrados em pesquisas realizadas no Brasil e no mundo. Fatores como a escolaridade do responsável pelo escolar e o número de pessoas que moram em sua residência estão associados positivamente com a prevalência de sobrepeso e obesidade, sendo que dos 138 escolares com excesso de peso, 45% possuem o mantenedor com ensino médio completo e 39% com ensino superior ou pós-graduação. Entre os escolares com excesso de peso, 70% moram em domicílio com até quatro pessoas e 30% moram em domicílio com cinco pessoas ou mais. A preferência sobre a ocupação do tempo livre mostra a tendência para atividades com gasto energético reduzido, como jogar vídeo-game, assistir TV ou usar o computador, em substituição às atividades com gastos energéticos maiores, como a prática de esportes e brincadeiras. Com relação ao tempo de aleitamento materno observa-se uma tendência ao desmame precoce, pois 35% dos escolares foram amamentados até o sexto mês de vida e 23% tiveram o leite materno substituído pelo leite de vaca, reforçando a importância do aleitamento materno como efeito protetor contra o excesso de peso. Com relação à frequência alimentar, apesar de os responsáveis pelos escolares relatarem que em 42% dos casos sempre oferecerem alimentos saudáveis, observou-se uma divergência em relação aos resultados obtidos na frequência alimentar do escolar e do responsável, mostrando um consumo tanto de alimentos essenciais como de alimentos impróprios rotineiramente. Os resultados encontrados nesse estudo reforçam a necessidade e importância de implementação de programas de reeducação alimentar, educação nutricional e prática de atividade física relacionados à promoção de saúde já nas séries iniciais do ensino fundamental e estendidos aos pais ou responsáveis. |