Repercussões clínicas e histopatológicas do dimetilsulfóxido em gerbils submetidos a isquemia cerebral experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Penasso, Poliana lattes
Orientador(a): Castro, Márcio Botelho de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/595
Resumo: O objetivo do presente estudo foi investigar as ações neuroprotetoras do dimetilsulfóxido nas alterações clínico-comportamentais e histopatológicas do encéfalo de gerbils submetidos à isquemia cerebral experimental através da oclusão permanente da artéria carótida comum esquerda. Os animais foram divididos em 5 grupos com 6 animais cada. Os animais controles foram os não operados (grupo I), falsos operados (grupo II - sham) e isquemiados não tratados (grupo III). Os animais que recebeam DMSO foram dos grupos IV e V. Trinta minutos antes da cirurgia experimental, 215mg/kg de DMSO a 10% foi administrado intraperitonealmente nos animais do grupo IV (DMSO I) e 645mg/kg de DMSO a 10% nos animais do grupo V (DMSO II). Sinais clínicos de lesão neurológica foram observados no 1° dia pós-isquemia. O comportamento motor exploratório foi avaliado atravpes da frequência de cruzamentos e levantamentos observados na arena circular durante os quatro dias subsequentes à isquemia. Eutanásia foi realizada no 7° dia pós-0isquemia para posterior análise histológica do encéfalo. Para análise estatística utilizou-se o teste ANOVA (significância estatística p<0,05). A taxa de mortalidade após a isquemia foi de 60% no grupo isquemiado não tratado, 33,4% no grupo DMSO I e 14,3% no grupo DMSO II. Os animais não tratados apresentaram sinais clínicos de lesão, como flexão da pata dianteira (hemiparesia), marcha espontânea em círculo e ptose palpebral. Os animais tratados (DMSO I e II) apresentaram apenas pstose palpebral. Os animais tratados (DMSO I e II) apresentaram maior frequência de cruzamentos no 2°, 3° e 4° dias em relação ao grupo isquemiado não tratado. O grupo DMSO I apresentou maior frequência de levantamentos no 2° e 4° dias e o grupo DMSO II em todos os dias de avaliação em relação ao grupo isquemiado não tratado. Os resultados histopatológicos evidenciaram extensas áreas de necrose de células nervosas no hipocampo e córtex frontal, parietal e temporal no grupo isquemiado não tratado. Nos animais tratados as áreas isquêmnicas foram reduzidas. O grupo DMSO II apresentou menor porcentagem de neurônios isnquêmicos hicocampais (46,1 + ou - 3,4) em relação ao grupo DMSO I (54,6 + ou - 11,7) e grupo isquemiado não tratado (71,17 + ou - 10). DMSO reduziu mortalidade pós-isquemia, permitiu melhor comportamento motor exploratório e reduziu lesões isquêmicas encefálicas, sugerindo efeito neuroprotetor para estes animais.