Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Ana Paula Rocha de |
Orientador(a): |
Castro, Márcio Botelho de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/594
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Resumo: |
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é causado pela interrupção do fluxo sanguíneo em um determinado vaso, o que resulta em déficits neurológicos incapacitantes ou mesmo a morte. A alta incidência e o alto custo fazem da redução do AVC uma prioridade e salienta a necessidade de métodos mais exatos para identificar nos pacientes os prognósticos e as formas terapêuticas adequadas para a reabilitação. Para esse fim, diversos estudos experimentais têm sido realizados. A utilização do modelo de isquemia cerebral em Gerbils para o estudo das alterações clínicas, morfológicas e funcionais ocorre pelo fato da ausência de comunicação carotídeo-basilar proporcionar a esta espécie uma vantagem sobre as demais. no entanto, as áreas cerebrais lesadas ainda não foram correlacionadas com essas alterações. O presente estudo teve como objetivo correlacionar os sinais clínicos e comportamentais apresentados com as alterações morfológicas cerebrais de Gerbils submetidos à isquemia experimental através da oclusão da artéria carótida esquerda. Foram avaliados 18 roedores Gerbils, sendo que 6 foram utilizados como controle, 6 falsos-operados (sham) e 6 foram submetidos à isquemia cerebral permanente da artéria carótida esquerda. As manifestações clínicas foram observadas e comparadas com protocolos da literatura. As alterações do comportamento motor foram verificadas através da frequência de cruzamentos e levantamentos, observados em uma arena circular de acrílico drante quatrro dias e pela análise dos sítios de lesão no encéfalo. Os dados comportamentais foram submetidos a uma análise estatística de uma via ANOVA (significância estatística p<0,05). Observaram-se, inicialmente, sinais clínicos de lesão, como ptose palpebral, flexão da pata dianteira, resistência diminuída ao serem empurrados e movimentados cíclicos. Para o comportamento motor, observou-se uma diminuição estatisticamente significativa nas frequências de cruzamento (1°, 3° e 4° dias) e levantamento (1°, 2°, 3° e 4° dias) nos animais isquemiados quando comparados com o grupo controle. A avaliação morfológica evidenciou lesões graves, com extensas áreas comprometidas por infarto cerebral, como o hipocampo e córtex cerebral. As áreas de infarto estavam empalidecidas, apresentando malácia, presença de macrófagos, edema e alterações necróticas em neurônios e células gliais. Como conclusão, ficou evidenciada que alterações comportamentais motoras consequentes à isquemia foram compatíveis com a área de lesão na avaliação morfológica. O presente estudo procurou contribuir, através de um estudo sistematizado das correlações motoras e regiões susceptíveis a lesão, para uma melhor proposta de reabilitação. |