Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Lívia Gaspar |
Orientador(a): |
Saragiotto, Bruno |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Cidade de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Fisioterapia
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/3834
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Resumo: |
Introdução: A telessaúde utiliza tecnologias de informação e telecomunicações para entregar serviços em saúde, disseminar informações sobre saúde, e como modo alternativo de oferecer continuidade do cuidado. Suas vantagens englobam o potencial de ultrapassar barreiras geográficas, podendo auxiliar na democratização do acesso à saúde. Novos formatos de interação entre profissionais de saúde e usuários são necessários dentro da telessaúde. Visando a implementação da telessaúde, é preciso ouvir as vozes dos atores nela envolvidos (pacientes, profissionais de saúde e população). Objetivos: Reunir e analisar as percepções da população, de profissionais de saúde, de pacientes e de usuários de um centro de atenção secundária do Sistema Único de Saúde (SUS) em relação à informações sobre saúde na internet e telessaúde. Métodos: O projeto se aprofunda nos temas letramento digital em saúde, telessaúde, e implementação a partir dos seguintes estudos: I) Revisão sistemática de estudos qualitativos: levantar a evidência disponível sobre facilitadores e barreiras para a participação em programas de telessaúde; II) Estudo observacional: entender a aceitabilidade de profissionais de saúde, pacientes e população geral em relação à telessaúde; III) Estudo qualitativo I: entender as visões da telessaúde pela população; IV) Estudo qualitativo II: entender como usuários do sistema público de saúde interagem com informações em saúde na internet. Resultados: Os resultados obtidos indicam que profissionais de saúde, pacientes e população geral parecem divididos em relação à telessaúde. A telessaúde é associada a um custo inferior aos encontros presenciais e identificada como uma modalidade possível para a entrega de conteúdo educacional, orientação de estratégias de auto-gerenciamento, e orientações para realização de exercícios terapêuticos. A esfera digital da telessaúde, sobretudo com as informações em saúde da internet, pode afetar a interação entre profissional de saúde e paciente, retomando relações históricas de poder e hierarquia mediadas pelo conhecimento e educação formal. Facilitadores para a participação em intervenções em telessaúde incluem flexibilidade e conveniência da intervenção. Barreiras incluem a impersonalidade, desafios relacionados à tecnologia, conteúdo irrelevante para o quadro/expectativa do paciente, e inadequado letramento digital em saúde. Discussão: A telessaúde pode ser analisada por múltiplos pontos de vista e um deles é através das vozes dos seus atores (profissionais da saúde, pacientes e população geral). A internet como recurso e ambiente utilizado pela telessaúde estabelece novas interações entre profissionais de saúde e pacientes, podendo fortalecer relações de poder. Os dados obtidos podem se somar à demais evidências e eventualmente guiar processos de tomada de decisão nos âmbitos da saúde pública e privada em relação à implementação da telessaúde. Conclusão: Muitos atores participam da telessaúde e conhecer suas demandas e pontos de vista contribui com o potencial da telessaúde em democratizar o acesso à saúde. |