Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Marina Petter |
Orientador(a): |
Ramos, José Geraldo Lopes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/234928
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Resumo: |
Introdução: Na atual pandemia do coronavírus (COVID-19), inúmeras medidas restritivas foram tomadas a fim de diminuir a disseminação do vírus e proteger a população. Esta dinâmica influenciou a organização dos serviços de saúde e muitos atendimentos precisaram ser interrompidos ou reduzidos, especialmente aqueles com demandas eletivas, como é o caso da incontinência urinária (IU). Neste cenário, as práticas digitais em saúde emergiram como um potencial recurso para dar continuidade aos atendimentos. Objetivo: Avaliar se um protocolo de fisioterapia digital em grupo por vídeochamada síncrona é eficaz para reduzir a severidade dos sintomas de IU em mulheres e qual é a percepção das participantes sobre essa forma de atendimento. Métodos: Mulheres com IU, ≥18 anos e que possuíam acesso digital (celular ou computador com câmera e acesso à internet) foram convidadas a participar deste estudo semiexperimental. Conduziu-se um protocolo de fisioterapia digital em grupo, com encontros síncronos uma vez por semana, durante oito semanas, com duração de 30 minutos cada. O protocolo era baseado em exercícios de respiração, mobilidade pélvica, treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) e educação em saúde em relação a hábitos miccionais, evacuatórios e sexualidade feminina. As avaliações pré e pósintervenção foram feitas exclusivamente por telefone. Não foi realizada avaliação física dos músculos do assoalho pélvico. O desfecho primário foi a gravidade dos sintomas de IU e o impacto na qualidade de vida (QV) com base no International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form (ICIQ-SF) e o desfecho secundário foi a percepção dos participantes em relação ao tratamento. Resultados: 23 mulheres participaram do estudo e 17 foram incluídas na análise final. A média de idade foi 60 anos (± 13,0) e o subtipo de IU mais prevalente foi a IU mista (IUM). A QV e a gravidade da IU melhoraram significativamente após a intervenção e a maioria das participantes ficou completamente satisfeita com a fisioterapia digital em grupo para IU. Conclusões: Apesar das limitações, este estudo traz resultados semelhantes a estudos anteriores, concluindo que a fisioterapia através de práticas digitais para o tratamento da IU feminina é uma alternativa eficaz e com boa aceitação pelas pacientes. Os resultados também demonstraram que é possível realizar atendimentos em grupo através do serviço remoto e, dessa forma, acolher a demanda reprimida durante a pandemia, respeitando as medidas de segurança. Mais que isso, considerando a falta de serviço especializado em diversas localidades, a oferta de atendimento remoto pode ser uma estratégia interessante a ser adotada para além da pandemia. |