Absenteísmo: principais causas por doença entre homens trabalhadores braçais de uma universidade pública no interior paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Barbosa, Renata Trasse de Oliveira lattes
Orientador(a): Cano, Maria Aparecida Tedeschi lattes
Banca de defesa: Eto, Fumie lattes, Santos, Branca Maria de Oliveira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade de Franca
Programa de Pós-Graduação: Programa de Mestrado em Promoção de Saúde
Departamento: Pós-Gradução
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/549
Resumo: O presente estudo, de natureza descritiva e transversal, tem o objetivo de identificar as causas de absenteísmo por doenças geradoras de afastamento do trabalho em servidores braçais, do sexo masculino, de uma universidade pública do interior paulista. Para o estudo foi feito levantamento das licenças médicas dos servidores entre os anos de 2012 e 2013. A coleta de dados pautou-se em duas etapas. Na primeira fase foi realizado estudo documental nos prontuários médicos dos trabalhadores do serviço de saúde da instituição empregadora. Em uma segunda etapa foram realizadas entrevistas contendo questões abertas com sete trabalhadores que foram afastados por doença no período estudado, com o objetivo de conhecer a opinião dos servidores sobre saúde e doença. Os resultados apontaram que as Doenças do Sistema Osteomuscular (47%) seguidas das infecciosas (29%) são as principais causas de doenças incapacitantes temporárias para o trabalho. Uma provável causa desencadeante da afecção osteomuscular nos trabalhadores desses setores pode estar associada aos fatores biomecânicos (posturas viciosas, força e repetitividade) e fatores ligados à organização do trabalho (aumento do ritmo, exigência do tempo). No que se refere às doenças infecciosas, a dengue é a maior causa de afastamento, demonstrando o impacto da doença na população economicamente ativa. A opinião dos trabalhadores quanto à saúde centra-se na ausência da doença, enquanto a doença é figurada como inutilidade e dependência. As condições de vida e de trabalho estão diretamente relacionadas à saúde do trabalhador e do seu coletivo, ilustradas no modo de trabalhar adoecido e de como trabalhar para não adoecer. Concluiu-se que o trabalho é um relevante determinante social e que os agravos à saúde do trabalhador apresentam perspectivas diversas entre os homens estudados. O Sistema Único de Saúde (SUS) é o âmbito de assistência em saúde e reabilitação dos trabalhadores. Todavia, inexistem políticas integradas de prevenção, assistência, reabilitação e promoção de saúde no serviço público dentro das instituições pelo SUS ou pelo Instituto Estadual de Assistência a Saúde do Servidor Público. Constata-se uma desassociação dos fatores culturais, sociais, ambientais e fundamentalmente ocupacionais nos fatores de saúde e segurança no trabalho que integrem a forma peculiar de adoecer e manter-se saudável dos trabalhadores.