Investigação e diagnóstico do câncer de mama em uma unidade de referência do SUS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: MANZOTTI, Cristiana Aparecida Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE CESUMAR
Brasil
UNICESUMAR
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/547
Resumo: O câncer de mama é uma das neoplasias mais frequentes no mundo e um dos objetivos das instituições de saúde pública é aumentar os índices de diagnóstico precoce, que, em detrimento das ações realizadas nos últimos anos, ainda é realizado tardiamente na maioria dos casos. Dessa forma, o presente estudo verificou o estadiamento dos tumores e se o tempo de investigação foi fator determinante para o atraso no diagnóstico. Também verificamos a ocorrência dos fatores de risco citados pela literatura na população estudada. Para tanto, a população de mulheres diagnosticadas com câncer da mama foi estudada quanto aos fatores epidemiológicos, dados dos exames de imagem e biopsias, estadiamento do tumor e acompanhamento. Na primeira etapa do trabalho, os dados extraídos do prontuário eletrônico de todas as mulheres foram incluídos na pesquisa, em que realizamos a comparação entre o estadiamento e tempo de investigação em dois grupos: residentes em Maringá e encaminhadas de outros municípios para investigação. Na segunda etapa, as mulheres residentes em Maringá foram submetidas à entrevista e aplicação de um questionário semiestruturado contendo informações ausentes no prontuário. A maioria das mulheres diagnosticadas com CA da mama é branca, casada, estudou até o primeiro grau e possui renda familiar entre dois e três salários mínimos. Não encontramos diferença estatisticamente significante no tempo de investigação entre os dois grupos, apesar de existir marcada diferença no tempo entre o exame de imagem alterado e o encaminhamento para o especialista entre pacientes residentes em Maringá e municípios vizinhos, tampouco que o período de investigação possa ser relacionado como fator predisponente para o estadiamento tardio do tumor. Entretanto, a rapidez na investigação na unidade de referência não refletiu nos índices de precocidade do tumor e o diagnóstico foi tardio em 71,4% dos casos. No grupo entrevistado, o diagnóstico foi tardio em 67,85% e 32,14% delas foram submetidas à mastectomia. Fatores de risco como obesidade, histórico familiar e uso de terapia de reposição hormonal estavam ausentes na maioria dos casos. Investimentos no rastreamento e mudanças na estruturação do serviço de saúde, principalmente no setor primário, podem melhorar esse panorama com captação das mulheres assintomáticas para avaliação periódica, oferecendo exame mamográfico de qualidade para aumentar as taxas de diagnóstico precoce e sobrevida.