Identificação de marcadores moleculares para diagnóstico, predição e prognóstico de câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: GODONE, Roberta Luciana do Nascimento
Orientador(a): SOUTO, Fabrício de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Aplicada a Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32876
Resumo: O câncer de mama representa uma das principais causas de morte em mulheres do mundo inteiro. Aproximadamente 1,38 milhões são diagnosticadas com a doença e 458.503 morrem anualmente. Para o ano de 2018, o INCA foi estimado mais de 59.700 novos casos no Brasil. Devido às altas taxas de mortalidade, inúmeros estudos têm buscado identificar marcadores moleculares, que sirvam tanto para alvos diagnósticos como terapêuticos, na tentativa de individualizar cada vez mais o tratamento para o câncer e melhorar a qualidade de vida das mulheres portadoras dessa doença. Os tumores de mama são caracterizados por um comportamento biológico complexo, onde o prognóstico e a evolução tem sido confirmados por meio de estudos moleculares. Os marcadores moleculares podem ser utilizados como indicadores do estado fisiológico durante a progressão do câncer, sendo importantes para determinar o melhor tratamento para o paciente. As variantes genéticas do câncer de mama estão relacionadas com características diferentes de subtipos moleculares, como o estado de fase clínica, o tamanho do tumor, grau e presença de receptores hormonais. A criação de perfis genéticos, que fornecem um diagnóstico molecular para o câncer de mama, já estão disponíveis comercialmente, mas apresentam como estudo base populações restritas. Atualmente, existem seis assinaturas genéticas sendo comercializadas, cada qual com seus pacientes alvos, com diferentes metodologias implementadas. As mais utilizadas na prática clínica são o Oncotype DX (Genomic Health, Inc., CA) que avalia o perfil molecular de 21 genes e o MammaPrint® (Agendia BV, Amsterdam) que se baseia na análise de 70 genes. Estes testes apresentam não apenas números diferentes de genes, mas tipos diferentes de genes na sua composição. A população de referência para a maioria destes testes genéticos são as europeias e a norte-americana. No entanto, é necessário procurar genes que são expressos em diferentes populações, devido à variabilidade genética populacional, permitindo um diagnóstico mais preciso na prática clínica. Este estudo teve como objetivo discutir esses métodos diagnósticos, prognósticos e preditivos mostrando: 1) Classificação de perfis fenotípicos por subtipo molecular de câncer de mama; 2) Kits comerciais disponíveis para testes de prognóstico e preditivo de câncer de mama de base molecular e 3) Marcadores moleculares e terapia direcionada em câncer de mama identificada por análise network ; 4) Uso de ferramenta de bioinformática para validação a partir de amostras clínicas frescas. Ao final da pesquisa, tais dados podem facilitar a escolha da conduta clínica de acordo com o tipo e estágio do câncer de mama.