Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lima, Juliana Mota |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/20.500.11896/1865
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Resumo: |
Esta pesquisa vincula-se à linha de pesquisa Cultura escolar, docência e diversidade, do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas, Campus IV. As queixas escolares apresentamse como demandas frequentes na área da Psicologia Escolar e englobam problemas comportamentais, emocionais e familiares. A literatura sobre o tema e a experiência profissional destacam, entre encaminhamentos para queixa, práticas clínicas, embasadas na lógica da medicalização, para superar os problemas existentes no contexto escolar. Deste modo, levantou-se a questão: Como as queixas escolares se apresentam na rede municipal (educação, saúde e assistência social) de Serrolândia-BA e quais têm sido os encaminhamentos? Dentre os objetivos, delineou-se: Identificar os desafios enfrentados com os discentes que apresentam queixa escolar; Analisar as fragilidades e potencialidades do modelo de atendimento às queixas escolares desenvolvido pelos profissionais da escola; Propor a construção de oficinas formativas para abordar concepções inclusivas para lidar com as demandas referentes a queixa escolar. A metodologia dessa pesquisa caracteriza-se pela abordagem qualitativa (CRESWELL, 2010) e tem como método o Estudo de Caso, a partir de YIN (2014), e a Análise de Conteúdo, com base em Bardin (2016) para tratar os dados de campo. Com o intuito de compreender a queixa escolar em diferentes perspectivas, os participantes foram professores da rede educacional que atuam no ensino fundamental I, gestores (coordenador, diretor e vice diretor), além dos profissionais da equipe multiprofissional, que atuam no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), considerando que estes acompanham os alunos da rede municipal de educação, saúde e assistência social, tendo como critério para inclusão a livre adesão dos mesmos. Para a construção de dados, foram propostos como dispositivos a Entrevista semiestruturada e Diário de Campo. Verifica-se que os objetivos propostos foram alcançados através dos dispositivos utilizados e a análise dos dados em campo foi embasada nas seguintes categorias: Queixa escolar, Inclusão educacional e Intersetorialidade. A discussão dos dados pautada na inclusão educacional contribuiu para problematizar as diferenças, considerando os preconceitos vivenciados pelos alunos que não se enquadram nos padrões de normatividade valorizados, o que foi destacado nas intervenções que aconteceram no ambiente escolar. Os resultados dessa pesquisa apontam que ao serem questionados sobre a queixa escolar, indicando os desafios que indicam a necessidade de auxilio de outros profissionais, os colaboradores da educação sinalizaram: indisciplina/problemas de comportamento, dificuldade de aprendizagem e problemas familiares, o que corrobora com os dados apresentados na literatura referentes aos motivos frequentes de encaminhamentos. E ao falar sobre os desafios para lidar com a queixa escolar os profissionais da saúde e assistência social apontam a quantidade insuficiente de profissionais e o modelo biomédico, o que contribui para a discussão de acordo com a intersetorialidade, através da discussão histórica da valorização do modelo biomédico com ênfase na doença e da avaliação fragmentada do indivíduo. |