Queixa escolar e o processo de escolarização: a percepção dos professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paese, Marlize
Orientador(a): Ferreira, Lísia Regina
Banca de defesa: Pieczkowski, Tania Maria Zancanaro, Cordeiro, Maria Helena Baptista Vilares
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Fronteira Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Campus Chapecó
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/3894
Resumo: Este estudo tem como objetivo analisar a percepção dos professores sobre a queixa escolar, sabendo-se que essa se constitui como a maior demanda de encaminhamento dos alunos para os profissionais da saúde, tanto para as clínicas escola e os serviços públicos de saúde, quanto para os profissionais particulares. Esses encaminhamentos surgem a partir de problemas no comportamento e no processo de aprendizagem das crianças no período escolar. Tais queixas eram entendidas inicialmente como oriundas exclusivamente das crianças. Posteriormente, foi delegada à família ou à condição socioeconômica da mesma a responsabilidade por elas. Em um terceiro momento voltaram-se para o docente, como possível influenciador nesse processo. Conhecendo essa demanda, nosso objetivo principal foi de analisar a percepção dos professores sobre a queixa escolar e suas implicações no processo de escolarização das crianças. Todavia, em função da abrangência do tema, a pesquisa tomou como referência a Educação Básica do município de Xanxerê, SC, pautando-se, primeiramente, em identificar as percepções dos professores sobre as queixas escolares no processo de escolarização das crianças que são encaminhadas para o atendimento psicológico. E, depois, buscamos compreender a percepção dos professores sobre as contribuições da psicologia escolar no processo de aprendizagem. Este trabalho apresenta inicialmente um panorama bibliográfico/teórico sobre a história da Psicologia da Educação, considerando as primeiras preocupações na Educação e na Psicologia Escolar com a queixa escolar. A produção dos dados ocorreu a partir de uma pesquisa empírica junto a professores da rede municipal de ensino do município de Xanxerê, SC. Os dados foram interpretados através da metodologia de Análise de Conteúdo. Após a leitura analítica dos conteúdos extraídos das entrevistas, tendose como base a Psicologia Escolar e considerando os objetivos estabelecidos para responder à questão desta pesquisa, construímos, uma estrutura de análise e o estabelecimento de três categorias, sendo que algumas surgiram a partir dos conteúdos extraídos nas entrevistas, não estando contempladas nos objetivos. Dessa forma ficaram estabelecidas três categorias: Queixa escolar; o psicólogo escolar nas escolas; o papel da família no processo de escolarização. Ao final dessa pesquisa compreendemos que a produção da queixa escolar não é gerada ao acaso, mas que é fruto de angústias e incertezas que busca por respostas dentro dos campos de conhecimentos disponíveis. Por fim, é importante dizer que apesar de repetidas pesquisas e reflexões sobre esse tema, ainda existe muito por fazer em relação as tratativas dadas pela escola para as crianças que não aprendem. Concluímos que a Psicologia Escolar tem papel importante para a construção de novas compreensões e percepções sobre a produção da queixa escolar, revisitando constantemente as estratégias de ação frente a essa demanda, criticando, superando concepções, sempre procurando novas respostas para novas perguntas, ansiando novos rumos para a formação dos sujeitos sociais