Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Alan Souza Pereira |
Orientador(a): |
Dazzani, Maria Virgínia Machado |
Banca de defesa: |
Marsico, Giuseppina,
Mattos, Elsa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23996
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Resumo: |
A queixa escolar constitui uma das principais demandas para atendimento psicológico de crianças e adolescentes nos serviços de saúde, nas clínicas-escolas e nos consultórios privados. Geralmente, essa queixa surge quando o estudante não atinge o desempenho esperado ou não atende às expectativas dos pais ou dos professores. Assim, parte-se do pressuposto de que a queixa escolar é uma narrativa polifônica, pois é construída por discursos ideológicos expressos nas vozes dos pais, dos professores e dos colegas, as quais transmitem valores, estados afetivos, sentidos e expectativas sobre o que o estudante é, poderia e deveria ser. Diante dessa queixa, existe uma pessoa que age no mundo, formula crenças, organiza-se psicologicamente, assume posições, negocia e toma decisões. É na e pela interação dialógica com essas vozes que o estudante desenvolve seu self, construindo um sentido de si, do outro e do mundo social e, mais especificamente, seu self educacional, que se refere a uma parte do self desenvolvida nas relações dialógicas vividas na idade escolar. Com base nisso, a presente pesquisa teve como objetivo compreender a construção de sentidos acerca da queixa escolar por adolescentes em atendimento psicológico, enfatizando dinâmica do self educacional. Tendo como base a Psicologia Cultural do desenvolvimento, que concebe a cultura como um conjunto de processos pertencente à relação da pessoa com o ambiente, realizou-se um estudo de caso múltiplo e idiográfico. Para a produção de dados, foram realizadas entrevistas narrativas com duas adolescentes, de 13 e 17 anos, que estavam em acompanhamento psicológico em virtude de queixa escolar. Uma das participantes foi encaminhada ao psicólogo por causa de dificuldade para ler e escrever, com diagnóstico de dislexia confirmado, e a outra apresentava dificuldade de concentração e atenção, com suspeita de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, que foi descartada. Organizou-se a história das participantes em períodos escolares e, à luz dos conceitos de signo, internalização ativa, mediação semiótica, posição do Eu e ruptura-transição, analisaram-se trechos de suas narrativas buscando compreender a dinâmica do self educacional na situação de queixa escolar. Os resultados indicam que a queixa escolar pode surgir como uma experiência destrutiva na vida dessas estudantes, desestabilizando seus selves educacionais e requisitando reposicionamentos e a construção de novos sentidos. Diante disso, cada participante recorre a distintos processos semióticos auto reguladores para resgatar a dinâmica estabilidade do self educacional. Nesses processos semióticos, as participantes recuperam posições inicialmente definidas na infância ou tendem a defender a posição atual para manter ou reestabelecer o senso de continuidade do self educacional. |