Barreiras psicológicas em crianças : um estudo exploratório sobre a transmissão da dengue

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Schimmelpfeng, Pedro Henrique Cavendish
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51658
Resumo: A Dengue é uma infecção arboviral encontrada em regiões tropicais e subtropicais, transmitida por mosquitos hematófagos do gênero Aedes spp. e responsável por milhões de casos todos os anos. Campanhas públicas e currículos educacionais são projetados para educar as pessoas, incluindo crianças, a manifestar comportamentos pró-ambientais que inibem a proliferação do mosquito. No entanto, o que tem sido relatado é que muitos não seguem essas diretrizes, mesmo sabendo supostamente o que deve ser feito, algo identificado na literatura como barreiras psicológicas. Para entender esse fenômeno, este estudo teve como objetivo identificar barreiras psicológicas para a adoção de comportamentos pró-ambientais que buscam reduzir a população do Aedes aegypti. Para isso, estudantes do Ensino Fundamental 2 participaram de dois estudos responsáveis por (1) adaptar a escala de Barreiras Psicológicas dos Dragões da Inação (DIPB) para o grupo-alvo (n = 150; 81 meninos e 69 meninas; média de idade = 12,52 anos) e, em seguida, (2) testá-la em um grupo maior (n = 449; 213 meninos e 236 meninas; média de idade = 12,52 anos). Na Análise Fatorial Exploratória, a correlação de Bartlett (valor de p < 0,001), o alfa de Cronbach (0,83) e a análise KMO (MSA geral = 0,84) mostraram que os dados eram adequados para a análise fatorial. Cinco fatores foram retidos pelo Critério de Kaiser e pelo teste de scree (Metas Conflitantes e Mudanças Desnecessárias: α = 0,76; Relações Interpessoais: α = 0,72; Metas Conflitantes e Falta de Conhecimento: α = 0,58, Tokenismo: α = 0,73; e Tokenismo em Relação ao Governo: α = 0,66). Após isso, a escala foi testada em onze escolas públicas diferentes, onde os estudantes também responderam a um questionário sobre o mosquito. Os resultados sugeriram que os fatores Metas Conflitantes e Falta de Conhecimento e Tokenismo em Relação ao Governo apresentaram um nível mais alto de concordância (médias: 2,6 e 2,12 de cinco, respectivamente). Aqueles que pontuaram mais alto no questionário sobre o mosquito tiveram os fatores Metas Conflitantes e Mudança Desnecessária e Relações Interpessoais inibidos em comparação aos outros (valor de p < 0,05). Esses resultados sugerem que futuras propostas educacionais devem construir diferentes ações, que abordem tanto fatores internos quanto externos, criando um mosaico de projetos, com diferentes objetivos, cada um visando diferentes desafios ambientais.