Uma outra educação em ciências é possível : caminhos decoloniais em meio à educação do campo em um assentamento do Movimento Sem Terra (MST)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Thallita Nascimento da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51741
Resumo: Atualmente, cresce o interesse de pesquisadores pela perspectiva decolonial, especialmente nas ciências humanas. Contudo, ainda são escassos os trabalhos que abordam essa perspectiva na educação em ciências. Fundamentada na Ciência Moderna, a educação em ciências incorpora muitas das premissas excludentes do colonialismo e da colonialidade presentes na modernidade, reproduzindo diversos processos históricos que contribuíram para a exclusão e opressão de diferentes sujeitos. Em contrapartida, a educação do campo, promovida pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), propõe um modelo educacional que rompe com as abordagens convencionais. Neste trabalho, utilizamos a rede Modernidade/Colonialidade como base teórica e política para investigar práticas pedagógicas no ensino fundamental de uma Escola do Campo localizada em um assentamento do MST no extremo sul da Bahia. A partir de um olhar decolonial, discutimos os desafios de realizar uma pesquisa decolonial dentro dos moldes acadêmicos eurocêntricos. Por meio de uma triangulação de dados – envolvendo observação participante, análise de documentos e rodas de conversa – analisamos as colonialidades presentes nas práticas educativas e no contexto educacional do campo. Constatamos que as diferentes formas de colonialidade (do poder, do ser, do saber e cosmogônica) observadas reforçam a urgência de repensar profundamente as práticas educacionais no campo. Mais do que adaptar o modelo de ensino ao contexto político social, é necessário desconstruir o paradigma hegemônico, que desconsidera as particularidades, histórias, identidades e interesses dos povos do campo. Com isso, buscamos contribuir para o debate sobre modos alternativos e mais inclusivos de pensar a educação decolonial.