Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Sinãni, Marília Claudia Favreto |
Orientador(a): |
Accorssi, Aline |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10194
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Resumo: |
O paradigma dominante unidimensional moderno, há séculos, institui-se como parâmetro a ser reproduzido nos campos epistemológicos, axiológicos e ontológicos, adquirindo novas roupagens a serviço da manutenção da estrutura opressora até os dias de hoje. Na busca por desprender-se da modernidade e suas normas, este estudo tem como objetivo geral problematizar as dicotomias incorporadas no campo epistêmico e refletir sobre formas de superar a colonialidade do ser, saber e sentir por meio da educação estética em arte decolonial no horizonte da libertação. Além disso, os objetivos específicos são: pensar, por meio de imagens, sobre a desnaturalização dos legados da colonialidade na formação humana; dialogar com a relacionalidade do tempo na busca por alternativas epistêmicas abertas a decolonizar o olhar e reivindicar o direito à arte como expressão de vida; traçar caminhos para a formação estética decolonial pluriversal, de modo que os elementos histórico-culturais articuladores da linguagem da arte possam apontar para práticas decolonizadoras no ensino; e aproximar as dimensões axiológicas, epistemológicas e ontológicas na criação da pesquisa em educação. Por meio de imagens, da escrita poética e de ememorações, a pesquisadora cria a pesquisa como um terreno de experimentações em que se faz presente como artista e professora, mas antes de tudo, como aprendente de si e do mundo. Nesse sentido, traz como premissa a indissociabilidade entre razão e sensibilidade na criação da pesquisa em educação, de modo a desprender-se dos legados hegemônicos de matriz civilizatória-colonial inscritos no campo epistêmico. Para isso, articula elementos da linguagem artística em inter-relação com aspectos críticos da perspectiva decolonial, do pensamento freiriano e dos estudos das culturas visuais, no intuito de tecer reflexões sobre as disputas e as contradições que constituem a experiência de mundo das pessoas que vivenciam a estrutura opressora e partilham a ferida colonial. A partir das discussões realizadas, é possível identificar que ainda somos ensinadas/os a ver o mundo através de lentes coloniais que desumanizam seres, deslegitimam sentires e marginalizam saberes. Assim, o presente estudo propõe que a educação estética em arte seja pensada no horizonte da libertação, de forma que trabalhe com os processos de decolonização do olhar e a desmistificação dos conceitos ‘universais’ que a restringem. |