Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Felipe Santos Estrela de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51481
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Resumo: |
A presente tese tem por objetivo analisar como as experiências de elaboração dos protocolos de consulta e consentimento prévio, livre e informado pelas comunidades quilombolas ressignificam o direito fundamental de livre determinação dos quilombos no Brasil. Para tanto, buscaremos caracterizar os giros de ressemantização do quilombo como identidade e sujeito constitucional ladino ao longo da trajetória do constitucionalismo brasileiro. Além de demonstrar a dinâmica de normatização, implementação e apropriação criativa da Convenção 169 da OIT pelas comunidades quilombolas, indígenas e tradicionais na América Latina, e particularmente no Brasil, em seus processos de luta pela garantia do direito à consulta e consentimento prévio, livre e informado (DCCPLI). Para, por fim, identificar como as experiências de elaboração dos protocolos autônomos por comunidades quilombolas fundamentam novas narrativas constituintes sobre o direito de livredeterminação dos quilombos no Brasil desde as Escrevivências constitucionais que vocalizam. A partir do acervo do Observatório de Protocolos Comunitários (CNPq/PUCPR/UFGD), foram identificados 18 (dezoito) documentos elaborados por comunidades remanescentes de quilombos no período de 2016 a 2022. Os protocolos foram considerados em seu contexto, destacando os motivos que fundamentaram sua construção, as repercussões e os efeitos jurídicos para o ordenamento interno e internacional, bem como a percepção dos sujeitos envolvidos acerca dos significados políticos e resultados práticos do instrumento na mediação dos conflitos em que estão inseridos. As agências quilombolas por reconhecimento étnico, redistribuição fundiária e representação política com base na Convenção 169 da OIT externalizam processos legítimos de organização social da liberdade, além de apontarem para a construção de outras formas de conhecimento, de prática política, de afirmação étnico-racial, de poder comunitário e justiça social. |