Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silvestre, Fernanda Altino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51965
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Resumo: |
A baixa solubilidade da curcumina em sistemas aquosos resultam em sua rápida metabolização e degradação no organismo, o que limita sua eficácia terapêutica. Para superar isso, a nanotecnologia surge como uma solução promissora, melhorando sua solubilidade, estabilidade, biodisponibilidade e direcionamento específico à células-alvo. Nanopartículas Lipídicas Sólidas (NLS) são carreadores lipídicos nanoestruturados promissores para o encapsulamento de bioativos como a curcumina, visto que podem prevenir sua degradação química, favorecendo sua biodisponibilidade e sua liberação sustentada. Neste estudo, avaliouse a biocompatibilidade de curcumina livre (CURC) ou associada a nanopartículas lipídicas sólidas (NLMC) em modelos de cultura de células de carcinoma mamário e sua hepatocompatibilidade em camundongos. NLMC foram formuladas a partir da manteiga de murumuru, uma castanha nativa da Amazônia. O uso de nanopartículas lipídicas sólidas contendo curcumina, aliado à exploração da manteiga de murumuru (Astrocaryum murumuru), consiste em uma abordagem estratégica e inovadora para aplicação em câncer de mama. O uso inovador de recursos naturais promove avanços tecnológicos que integram bioeconomia e sustentabilidade, atendendo à demanda por soluções que valorizam a biodiversidade brasileira e geram benefícios econômicos e sociais. Nos ensaios in vitro de citotoxicidade, observou-se que os tratamentos com curcumina livre (CURC) e encapsulada em nanopartículas lipídicas sólidas (NLMC) alteraram a viabilidade celular em linhagens de células tumorais (MCF-7 e 4T1) e saudáveis (NIH3-3T3), especialmente após 48 horas de tratamento. Observou-se que NLMC foi menos citotóxica para células saudáveis em comparação com células tumorais, embora o perfil de citotoxicidade entre as duas linhagens de células tumorais tenha sido semelhante. Em relação aos ensaios in vivo notou-se que os tratamentos com CURC e NLMC não resultaram em alterações significativas no peso corpóreo e nos órgãos (rins, fígado, baço, coração, pulmão e intestino) de camundongos Balb/c saudáveis ou portadores de carcinoma mamário. Além disso, não se observou outras alterações clínicas. Também não foram observadas alterações histopatológicas nos órgãos analisados. Assim, os tratamentos com CURC ou NLMC resultaram em boa biocompatibilidade. Ademais, realizou-se análises cromatográficas e espectrofotométricas para quantificação de curcumina no fígado dos camundongos. Observou-se um aumento na concentração de curcumina após 30 minutos de tratamento, ao passo que este efeito ocorreu apenas após 6 e 12 horas de tratamento com NLMC. Isso indica que quando a curcumina foi nanoestruturada observou-se uma liberação prolongada do bioativo. Portanto, concluiu-se que NLMC aumentaram a biodisponibilidade da curcumina no fígado e apresentaram excelente biocompatibilidade, destacando seu potencial como uma abordagem promissora para o tratamento do câncer de mama. |